A Conferência dos Bispos da Holanda anunciou nesta terça-feira o início de uma investigação independente a respeito de mais de 200 supostos casos de abusos contra menores cometidos por sacerdotes dentro de instituições mantidas pela Igreja Católica no país.
O anúncio foi feito depois de denúncias sobre casos que teriam ocorrido entre as décadas de 1950 e 1970 terem vindo à tona na mídia holandesa nas últimas semanas.
Em uma entrevista coletiva concedida na cidade de Zeist, no centro do país, as autoridades católicas holandesas anunciaram que as investigações serão lideradas pelo ex-ministro e ex-prefeito da cidade de Haia Wim Deetman.
“Nós estávamos procurando por alguém de fora do círculo da Igreja Católica Romana para mostrar que queremos uma investigação o mais aberta possível. Nós não queremos esconder nada e é por isso que nós escolhemos alguém com um bom nome e reputação”, disse o bispo Gerard de Korte na coletiva de imprensa.
O bispo ainda pediu desculpas às vítimas dos abusos cometidos por religiosos.
“É muito doloroso e um pecado que precisa ser confessado por diversos padres e membros da Igreja que não se comportaram com cuidado com crianças e outros jovens em meados do século passado”, disse.
Outros casos
Também nesta terça-feira, veio à tona a notícia de que o líder de um monastério em Salzburgo, na Áustria, teria renunciado após admitir ter abusado de um garoto há 40 anos.
As novas denúncias de abusos – também surgidas na Alemanha - fizeram com que o Vaticano se pronunciasse oficialmente sobre o tema.
Em um comunicado divulgado nesta terça-feira, o porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi, afirmou que os escândalos de abuso sexual são "particularmente repreensíveis", principalmente frente às responsabilidades morais e educacionais da Igreja Católica.
Ele elogiou, no entanto, as reações das autoridades da Igreja na Alemanha, Holanda e Áustria, afirmando que elas demonstraram estarem procurando transparência.
“Eles demonstraram seu desejo por transparência e, de uma certa forma, aceleraram o surgimento do problema ao convidarem as vítimas a falarem, mesmo nos casos que ocorreram há muitos anos”, disse.
Ele ainda negou as acusações feitas pela ministra da Justiça alemã, Sabine Leutheusser-Schnarrenberger, que na última segunda-feira acusou o Vaticano de construir um “muro de silêncio” sobre os escândalos.
As críticas da ministra foram motivadas pelo fato de 18 das 27 dioceses católicas da Alemanha estarem sendo investigadas por supostos abusos de menores.
Ratzinger
Até mesmo irmão do papa Bento 16, o padre alemão Georg Ratzinger, se viu envolvido na polêmica ao admitir, em uma entrevista publicada nesta terça-feira no jornal alemão Passauer Neue Presse, que ele próprio chegou a dar tapas em alunos de um coral que dirigia.
“Alguns alunos me contaram durante viagens sobre o que acontecia (abusos físicos), mas não me ocorreu que eu precisava fazer algo, eu não sabia da extensão destes métodos brutais”, disse.
“No começo, eu também dei tapas nos rostos de pessoas, mas sempre ficava com consciência pesada”, disse, afirmando ter ficado aliviado quando a punição corporal foi banida em 1980.
Ratzinger, no entanto, disse desconhecer qualquer denúncia de abuso sexual envolvendo membros do coro.
Na semana passada, surgiram denúncias de que um dos alunos do coral da catedral de Regensburg - que foi conduzido por Ratzinger entre 1964 e 1994 – teria sofrido abusos.
O anúncio foi feito depois de denúncias sobre casos que teriam ocorrido entre as décadas de 1950 e 1970 terem vindo à tona na mídia holandesa nas últimas semanas.
Em uma entrevista coletiva concedida na cidade de Zeist, no centro do país, as autoridades católicas holandesas anunciaram que as investigações serão lideradas pelo ex-ministro e ex-prefeito da cidade de Haia Wim Deetman.
“Nós estávamos procurando por alguém de fora do círculo da Igreja Católica Romana para mostrar que queremos uma investigação o mais aberta possível. Nós não queremos esconder nada e é por isso que nós escolhemos alguém com um bom nome e reputação”, disse o bispo Gerard de Korte na coletiva de imprensa.
O bispo ainda pediu desculpas às vítimas dos abusos cometidos por religiosos.
“É muito doloroso e um pecado que precisa ser confessado por diversos padres e membros da Igreja que não se comportaram com cuidado com crianças e outros jovens em meados do século passado”, disse.
Outros casos
Também nesta terça-feira, veio à tona a notícia de que o líder de um monastério em Salzburgo, na Áustria, teria renunciado após admitir ter abusado de um garoto há 40 anos.
As novas denúncias de abusos – também surgidas na Alemanha - fizeram com que o Vaticano se pronunciasse oficialmente sobre o tema.
Em um comunicado divulgado nesta terça-feira, o porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi, afirmou que os escândalos de abuso sexual são "particularmente repreensíveis", principalmente frente às responsabilidades morais e educacionais da Igreja Católica.
Ele elogiou, no entanto, as reações das autoridades da Igreja na Alemanha, Holanda e Áustria, afirmando que elas demonstraram estarem procurando transparência.
“Eles demonstraram seu desejo por transparência e, de uma certa forma, aceleraram o surgimento do problema ao convidarem as vítimas a falarem, mesmo nos casos que ocorreram há muitos anos”, disse.
Ele ainda negou as acusações feitas pela ministra da Justiça alemã, Sabine Leutheusser-Schnarrenberger, que na última segunda-feira acusou o Vaticano de construir um “muro de silêncio” sobre os escândalos.
As críticas da ministra foram motivadas pelo fato de 18 das 27 dioceses católicas da Alemanha estarem sendo investigadas por supostos abusos de menores.
Ratzinger
Até mesmo irmão do papa Bento 16, o padre alemão Georg Ratzinger, se viu envolvido na polêmica ao admitir, em uma entrevista publicada nesta terça-feira no jornal alemão Passauer Neue Presse, que ele próprio chegou a dar tapas em alunos de um coral que dirigia.
“Alguns alunos me contaram durante viagens sobre o que acontecia (abusos físicos), mas não me ocorreu que eu precisava fazer algo, eu não sabia da extensão destes métodos brutais”, disse.
“No começo, eu também dei tapas nos rostos de pessoas, mas sempre ficava com consciência pesada”, disse, afirmando ter ficado aliviado quando a punição corporal foi banida em 1980.
Ratzinger, no entanto, disse desconhecer qualquer denúncia de abuso sexual envolvendo membros do coro.
Na semana passada, surgiram denúncias de que um dos alunos do coral da catedral de Regensburg - que foi conduzido por Ratzinger entre 1964 e 1994 – teria sofrido abusos.
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