sábado, 13 de março de 2010

Marcos Espínola: Sementes de violência


Advogado criminalista

Rio - A educação é o princípio básico para o futuro de uma nação. Já se sabe disso há algum tempo, mas o poder público ainda “derrapa” nesse setor, que continua desassistido. Assim, outros problemas surgem e ganham força, inclusive no âmbito escolar, como o chamado bullying, que significa ameaçar, assustar, ridicularizar.
Em nossas escolas, esses episódios já são freqüentes, além de casos na Internet. Um problema que pode atingir graves proporções e que requer atenção e vontade política para ser combatido.
Quando falamos de crime e violência, automaticamente reportamos nosso pensamento para as guerras nos morros, nos tiroteios, etc. Obviamente, tudo isso representa o caos que se tornaram as grandes cidades brasileiras, mas é esquecido o fato de tudo isso ser a consequência e não a causa.
A partir daí se dá o efeito dominó no qual as novas gerações se espelham no errado e adotam práticas agressivas, apostando desde cedo na impunidade. A humilhação e o constrangimento causado nas escolas já é um reflexo de uma sociedade que se descuida da sua educação de base e até leis, como a 5.089 que combate o bullying, é normalmente ignorada.
Hoje, para muitos alunos, ir para a escola significa um tormento. Mas, infelizmente, adultos também se encontram em situações similares, como os trabalhadores que se humilham em coletivos superlotados, os policiais que moram em áreas dominadas por traficantes de drogas, vivendo no limite da tensão, entre tantos outros exemplos que há.
O fato é que um país que não investe em sua educação, em vez de plantar sementes de esperança para um futuro promissor, planta, ao contrário, com o descaso, sementes de violência.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Verbratec© Desktop.