Em quase três meses, Brasil deve imunizar 91 milhões de pessoas contra a gripe A
Nesta segunda-feira, o Brasil irá começar a vacinação contra a gripe A (H1N1), a gripe suína, e deve realizar a maior campanha já registrada no mundo, de acordo com o Ministério da Saúde. Durante quase três meses, 91 milhões de brasileiros devem ser vacinados contra a nova gripe, que provocou 1.705 mortes no país, em 2009.
A imunização irá ocorrer em etapas e nem toda a população será vacinada gratuitamente pelo poder público. Após discussões, o ministério deu prioridade às “pessoas que têm mais chance de ter doença respiratória grave e morrer”. Irão receber a vacina trabalhadores de serviços de saúde, indígenas, gestantes, pessoas com doenças crônicas, crianças de 6 meses a 2 anos e adultos saudáveis de 20 a 39 anos primeiros a receber a vacina serão os trabalhadores de serviços de saúde que atuam diretamente na resposta à nova gripe e os indígenas que vivem em aldeias. O público-alvo é estimado em 1,9 milhão de trabalhadores de serviços de saúde e 566 mil indígenas e a meta é vacinar pelo menos 80% dessas pessoas, até o dia 19 de março. O calendário foi definido pelo ministério, mas a estratégia de vacinação fica a cargo de cada município.
No Paraná, estado com maior taxa de mortalidade pela doença, a expectativa é vacinar 5 milhões de pessoas. O secretário de estado da Saúde, Gilberto Martin, espera que as pessoas compareçam à vacinação, ao contrário do registrado na Europa, onde milhões de doses ficaram encalhadas. O temor do secretário é justamente o oposto: a pressão social na busca por mais vacinas. “Até que as coisas fluam e as regras fiquem mais claras há um período de estresse”, afirma. Segundo ele, há preocupação com os boatos que irão circular.
O infectologista Moacir Pires Ramos, membro dos comitês municipal e estadual de enfrentamento da gripe A, diz que o Hemisfério Norte mostrou que a vacina é eficaz. Cerca de 300 milhões de pessoas já foram vacinadas no mundo. “A Espanha vacinou 13 milhões de pessoas e não relatou nenhum caso excepcional. Os americanos vacinaram mais de 60 milhões de pessoas e houve um caso ou outro, mas tudo dentro da reação da vacina”, afirma.
As vacinas devem estar disponíveis também na rede privada. Os laboratórios particulares estão aguardando liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para importação da vacina, que deve custar de R$ 50 a R$ 60 ao consumidor. A vacina paga será trivalente, diferente da ofertada pelo Ministério da Saúde, e irá proteger tanto para a gripe A quanto para a gripe comum.
O diretor regional sul da Dasa, Milton Zymberg, acredita que deve ter disponível a vacina entre fim de março e início de abril. O laboratório já cadastrou 2 mil pessoas interessadas, bem como empresas que totalizam 15 mil funcionários em Curitiba e região. “É um indicador que está todo mundo ansioso e preocupado em tomar a vacina.”
Doses que chegaram são insuficientes
O Paraná recebeu 167 mil doses para vacinar profissionais de saúde e indígenas contra a nova gripe. No entanto, existem de 200 mil a 220 mil profissionais em atividade, segundo estimativa do secretário de estado da Saúde, Gilberto Martin. O secretário afirma que já foram requisitadas ao Ministério da Saúde mais 50 mil doses, que devem chegar nos próximos dias ao estado, e que todos os profissionais de postos de saúde e pronto-socorros serão vacinados. “Recomendo calma. Chegou a primeira remessa e foi distribuída. Vai ter a segunda, a terceira, e a perspectiva é de que iremos vacinar 5 milhões de paranaenses”, diz Martin.
Em Curitiba, a Secretaria Municipal de Saúde solicitou 38 mil doses para essa primeira etapa de imunização, mas recebeu 20 mil até agora. Por causa da diferença, será feito um controle rigoroso para imunizar somente os trabalhadores que estejam envolvidos no atendimento à nova gripe nas unidades de saúde e nos hospitais. A informação é do diretor do Centro de Epidemiologia da secretaria, Moacir Gerolomo. Ele exemplifica que um dentista que trabalha em um posto de saúde será imunizado, mas o dentista que atua em clínica particular não receberá a vacina.
Segundo a coordenadora de Imunização da Secretaria de Saúde de Ponta Grossa, Úrsula Kemmelmeier, as doses enviadas até agora para a primeira etapa não serão suficientes. “Recebemos 3 mil doses e estou fazendo pedido de 7 mil”, conta. Salete Stacheski, da 3.ª Regional de Saúde, explicou que os lotes serão entregues de acordo com as etapas da campanha e complementados conforme a demanda. De início, Ponta Grossa e mais 11 cidades contarão com 6,5 mil doses da vacina.
Em Maringá, os profissionais de saúde também estão preocupados. Serão disponibilizadas 7.126 doses para 30 municípios, quantidade que pode ser insuficiente para a demanda. “Alguns municípios terão mais doses do que o público que precisa ser vacinado, mas outros podem ter dificuldade”, revelou Dirceu Vedovello Filho, chefe da Vigilância em Saúde da 15.ª Regional de Saúde.
Segundo o Ministério da Saúde, as vacinas serão entregues em etapas e não faltará vacina para os grupos indicados.
Nesta segunda-feira, o Brasil irá começar a vacinação contra a gripe A (H1N1), a gripe suína, e deve realizar a maior campanha já registrada no mundo, de acordo com o Ministério da Saúde. Durante quase três meses, 91 milhões de brasileiros devem ser vacinados contra a nova gripe, que provocou 1.705 mortes no país, em 2009.
A imunização irá ocorrer em etapas e nem toda a população será vacinada gratuitamente pelo poder público. Após discussões, o ministério deu prioridade às “pessoas que têm mais chance de ter doença respiratória grave e morrer”. Irão receber a vacina trabalhadores de serviços de saúde, indígenas, gestantes, pessoas com doenças crônicas, crianças de 6 meses a 2 anos e adultos saudáveis de 20 a 39 anos primeiros a receber a vacina serão os trabalhadores de serviços de saúde que atuam diretamente na resposta à nova gripe e os indígenas que vivem em aldeias. O público-alvo é estimado em 1,9 milhão de trabalhadores de serviços de saúde e 566 mil indígenas e a meta é vacinar pelo menos 80% dessas pessoas, até o dia 19 de março. O calendário foi definido pelo ministério, mas a estratégia de vacinação fica a cargo de cada município.
No Paraná, estado com maior taxa de mortalidade pela doença, a expectativa é vacinar 5 milhões de pessoas. O secretário de estado da Saúde, Gilberto Martin, espera que as pessoas compareçam à vacinação, ao contrário do registrado na Europa, onde milhões de doses ficaram encalhadas. O temor do secretário é justamente o oposto: a pressão social na busca por mais vacinas. “Até que as coisas fluam e as regras fiquem mais claras há um período de estresse”, afirma. Segundo ele, há preocupação com os boatos que irão circular.
O infectologista Moacir Pires Ramos, membro dos comitês municipal e estadual de enfrentamento da gripe A, diz que o Hemisfério Norte mostrou que a vacina é eficaz. Cerca de 300 milhões de pessoas já foram vacinadas no mundo. “A Espanha vacinou 13 milhões de pessoas e não relatou nenhum caso excepcional. Os americanos vacinaram mais de 60 milhões de pessoas e houve um caso ou outro, mas tudo dentro da reação da vacina”, afirma.
As vacinas devem estar disponíveis também na rede privada. Os laboratórios particulares estão aguardando liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para importação da vacina, que deve custar de R$ 50 a R$ 60 ao consumidor. A vacina paga será trivalente, diferente da ofertada pelo Ministério da Saúde, e irá proteger tanto para a gripe A quanto para a gripe comum.
O diretor regional sul da Dasa, Milton Zymberg, acredita que deve ter disponível a vacina entre fim de março e início de abril. O laboratório já cadastrou 2 mil pessoas interessadas, bem como empresas que totalizam 15 mil funcionários em Curitiba e região. “É um indicador que está todo mundo ansioso e preocupado em tomar a vacina.”
Doses que chegaram são insuficientes
O Paraná recebeu 167 mil doses para vacinar profissionais de saúde e indígenas contra a nova gripe. No entanto, existem de 200 mil a 220 mil profissionais em atividade, segundo estimativa do secretário de estado da Saúde, Gilberto Martin. O secretário afirma que já foram requisitadas ao Ministério da Saúde mais 50 mil doses, que devem chegar nos próximos dias ao estado, e que todos os profissionais de postos de saúde e pronto-socorros serão vacinados. “Recomendo calma. Chegou a primeira remessa e foi distribuída. Vai ter a segunda, a terceira, e a perspectiva é de que iremos vacinar 5 milhões de paranaenses”, diz Martin.
Em Curitiba, a Secretaria Municipal de Saúde solicitou 38 mil doses para essa primeira etapa de imunização, mas recebeu 20 mil até agora. Por causa da diferença, será feito um controle rigoroso para imunizar somente os trabalhadores que estejam envolvidos no atendimento à nova gripe nas unidades de saúde e nos hospitais. A informação é do diretor do Centro de Epidemiologia da secretaria, Moacir Gerolomo. Ele exemplifica que um dentista que trabalha em um posto de saúde será imunizado, mas o dentista que atua em clínica particular não receberá a vacina.
Segundo a coordenadora de Imunização da Secretaria de Saúde de Ponta Grossa, Úrsula Kemmelmeier, as doses enviadas até agora para a primeira etapa não serão suficientes. “Recebemos 3 mil doses e estou fazendo pedido de 7 mil”, conta. Salete Stacheski, da 3.ª Regional de Saúde, explicou que os lotes serão entregues de acordo com as etapas da campanha e complementados conforme a demanda. De início, Ponta Grossa e mais 11 cidades contarão com 6,5 mil doses da vacina.
Em Maringá, os profissionais de saúde também estão preocupados. Serão disponibilizadas 7.126 doses para 30 municípios, quantidade que pode ser insuficiente para a demanda. “Alguns municípios terão mais doses do que o público que precisa ser vacinado, mas outros podem ter dificuldade”, revelou Dirceu Vedovello Filho, chefe da Vigilância em Saúde da 15.ª Regional de Saúde.
Segundo o Ministério da Saúde, as vacinas serão entregues em etapas e não faltará vacina para os grupos indicados.
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