SÃO PAULO - Numa cirurgia realizada em março, que durou 12 horas e mobilizou 16 médicos, seis deles anestesistas, duas irmãs siamesas foram separadas no Hospital das Clínicas de São Paulo. Elas nasceram em dezembro de 2007, unidas pelo abdome e pelos órgãos pélvicos (como bexiga e útero). Passados três meses da operação, a mãe, que prefere não se identificar, conta que sua grande expectativa é levá-las para casa. Com 18 meses, as irmãs já brincam e se alimentam normalmente.
- Passei por três fases difíceis, que misturaram medo, tristeza e ansiedade. Durante a gravidez, diziam que eu poderia morrer. Antes do parto, falaram que eu e as meninas talvez não resistíssemos. E na cirurgia de separação, os médicos avisaram dos riscos: perder uma das minhas filhas ou as duas - lembra a mãe.
Uenis Tannuri, chefe do serviço de cirurgia pediátrica do Instituto da Criança do HC e professor titular de cirurgia pediátrica da Faculdade de Medicina da USP, fala que cada bebê tinha os próprios órgãos, porém a cirurgia foi muito delicada.
- A delicadeza da operação depende dos órgãos envolvidos. Neste caso, eram os órgãos pélvicos e intestinos - explica o médico.
A única deficiência está nas pernas. Uma menina tem a perna esquerda e a outra, a direita. O membro único que ligava as duas, uma espécie de perna defeituosa, foi retirado.
- Passei por três fases difíceis, que misturaram medo, tristeza e ansiedade. Durante a gravidez, diziam que eu poderia morrer. Antes do parto, falaram que eu e as meninas talvez não resistíssemos. E na cirurgia de separação, os médicos avisaram dos riscos: perder uma das minhas filhas ou as duas - lembra a mãe.
Uenis Tannuri, chefe do serviço de cirurgia pediátrica do Instituto da Criança do HC e professor titular de cirurgia pediátrica da Faculdade de Medicina da USP, fala que cada bebê tinha os próprios órgãos, porém a cirurgia foi muito delicada.
- A delicadeza da operação depende dos órgãos envolvidos. Neste caso, eram os órgãos pélvicos e intestinos - explica o médico.
A única deficiência está nas pernas. Uma menina tem a perna esquerda e a outra, a direita. O membro único que ligava as duas, uma espécie de perna defeituosa, foi retirado.
- Depois da recuperação completa, elas vão colocar próteses e tudo ficará bem. Atualmente, elas precisam ficar internadas por causa dos curativos diários - detalha o médico Tannuri.
- Agora, que passaram os momentos ruins, estou ansiosa. Quero cuidar das minhas filhas. O meu maior desejo é que elas levem uma vida normal, sem a necessidade de ir em médicos sempre - declara a mãe, que deixou o emprego de auxiliar de limpeza na época da operação para cuidar das gêmeas.
Na enfermaria de uma unidade médica da capital, quem vê as meninas nos berços nem imagina que elas vivem em hospitais desde que nasceram. Este é o terceiro. Risonhas e tranquilas, agora separadas, elas disputam o colo da mãe. Uma delas chega a chorar quando a mãe a coloca no berço para cuidar da irmã.
- Esta aqui é danada. Adora ficar no meu colo e nem gosta quando a coloco junto à irmã. Antes da cirurgia, ela chegou a dar uns arranhões na irmã, que é mais calma. São gêmeas, porém com comportamentos bem diferentes - comenta a mãe.
Segundo o médico, ex-siameses vivos são pouco frequentes.
- São raros. A maioria morre logo que nasce. Apenas 30% sobrevivem - afirma Tannuri.
- Agora, que passaram os momentos ruins, estou ansiosa. Quero cuidar das minhas filhas. O meu maior desejo é que elas levem uma vida normal, sem a necessidade de ir em médicos sempre - declara a mãe, que deixou o emprego de auxiliar de limpeza na época da operação para cuidar das gêmeas.
Na enfermaria de uma unidade médica da capital, quem vê as meninas nos berços nem imagina que elas vivem em hospitais desde que nasceram. Este é o terceiro. Risonhas e tranquilas, agora separadas, elas disputam o colo da mãe. Uma delas chega a chorar quando a mãe a coloca no berço para cuidar da irmã.
- Esta aqui é danada. Adora ficar no meu colo e nem gosta quando a coloco junto à irmã. Antes da cirurgia, ela chegou a dar uns arranhões na irmã, que é mais calma. São gêmeas, porém com comportamentos bem diferentes - comenta a mãe.
Segundo o médico, ex-siameses vivos são pouco frequentes.
- São raros. A maioria morre logo que nasce. Apenas 30% sobrevivem - afirma Tannuri.
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