terça-feira, 11 de maio de 2010

BA: Suspeito de pedofilia é espancado pelos vizinhos na Cidade Baixa


Horas antes de ser espancado na noite de sábado, no bairro de Roma, o cantor de pagode Marcelo Santos, 35 anos, ainda era considerado um homem “acima de qualquer suspeita” para o garçom Antônio Silva Neto, 36 anos, e sua família. Amigo de infância, Santos morava de favor na casa do garçom desde o Carnaval.
Até então, convivia bem com a mulher de Antônio, e o casal de filhos: um menino e uma menina, 11 e 10 anos respectivamente. A tranquilidade durou até a noite de sábado, quando a manicure Ana Paula, 30, mãe das crianças, disse ter visto imagens de sua filha no celular de Marcelo. “Nos vídeos, ele abaixava a calça da minha filha e mexia nas nádegas e genitais dela”, contou.
Ana afirma que, até então, nunca suspeitara de Marcelo, criado junto com Antônio, no Jardim Castro Alves. “Quando eu e meu marido não estávamos em casa, ele acabava tomando conta dos nossos filhos”. Assim que viu os vídeos na noite de sábado, Ana avisou o marido e ligou para um irmão, para discutirem que decisão tomar. Mas, em pouco tempo, a notícia se espalharia pela rua Vila Formosa, onde moram.
Por volta da uma hora de domingo, mais de 20 pessoas entraram na casa da família para agredir Marcelo, que estava na casa e se trancou no quarto. Os vizinhos arrombaram a porta e bateram nele na sala, cena que foi presenciada também pelos filhos de Antônio. Já de madrugada, a polícia e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram chamados.
Antônio e Ana prestaram depoimentos na Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Criança e o Adolescente (Derca), enquanto Marcelo foi encaminhado para o Hospital Geral do Estado, bastante ferido, mas semcorrer risco de morte. Segundo informações da delegacia, Marcelo será ouvido assim que receber alta.
O pai da criança disse que sua filha será submetida a exames no Instituto Médico-Legal Nina Rodrigues, para verificar se houve abuso sexual, e também será atendida por psicólogos da organização Pro-viver, voltada para crianças e adolescentes em situação de risco. O HGE não permitiu que o paciente fosse ouvido pela reportagem.

Franco Caldas Fuchs | Redação CORREIO | Foto: Arisson Marinho

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