terça-feira, 11 de maio de 2010

DDM apura como menina de dois anos teve acesso à cocaína


Botucatu – A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Botucatu (100 quilômetros de Bauru) investiga duas hipóteses para a morte de uma menina de dois anos no final da tarde da última sexta-feira, no Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Unesp. A causa da morte foi parada cardiorrespiratória, mas exames feitos pelo hospital apontaram a presença de cocaína na urina da criança.
A titular da DDM, Simone Alves Firmino, ouviu ontem o pai e o tio da vítima. “Nós estamos trabalhando com duas hipóteses”, afirma. “Uma é do tio, que é viciado em crack, ter deixado a droga dentro da casa e a criança ter ingerido essa substância entorpecente. Nós trabalhamos ainda com a hipótese dessa droga ter sido deixada no quintal da casa e essa criança ter encontrado a droga e ingerido”.
De acordo com a delegada, recentemente, a polícia estourou um ponto de comércio de entorpecente próximo à residência da criança e prendeu em flagrante algumas pessoas. Uma delas pode ter escapado e jogado a droga na residência vizinha para livrar-se do flagrante. A cocaína pode ter sido encontrada e ingerida acidentalmente pela menina.
Em depoimento, o tio da vítima disse à titular da DDM que não consumia crack, droga que tem como princípio ativo a cocaína, no interior de sua residência. “Eu estou aguardando o laudo da necropsia e vou ouvir alguns familiares e também alguns vizinhos”, revela. O resultado do laudo que irá apontar a quantidade de cocaína ingerida e a real causa da parada cardiorrespiratória na menina deverá ficar pronto em uma semana.
Segundo a assessoria de imprensa do HC, a criança deu entrada no hospital por volta das 20h de quinta-feira, após receber os primeiros cuidados médicos no Hospital Regional Sorocabana e foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica, onde morreu às 17h45 da sexta-feira.
Após o óbito, a médica plantonista responsável pelo atendimento registrou boletim de ocorrência (BO) informando que exames apontaram a existência de vestígios de cocaína na urina da menina.

Lilian Grasiela
Jornal da Cidade de Bauru

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