RIO - O lagarto já vive um silencioso processo de extinção devido ao aquecimento global: 5% das populações desses répteis já desapareceram e o índice pode chegar a 40% em 2080, segundo estudo publicado na edição desta semana da revista "Science". Em termos de espécies, 20% vão desaparecer até lá, caso o padrão de emissões de gases-estufa continue neste ritmo.
Metade do planeta pode ficar inabitável pelo calor
O levantamento envolveu pesquisadores de 11 países, entre eles o Brasil, onde foi estudado o lagartinho-branco-da-praia, uma espécie que só existe nas restingas fluminenses. Das 24 populações de Liolaemus lutzae - como é conhecida no meio científico -, sete desapareceram nas últimas duas décadas.
- Imaginávamos inicialmente que esses desaparecimentos, aqui e no exterior, foram provocados por alterações no habitat dessas espécies, mas a maioria dos casos ocorreu em áreas protegidas - lembra Carlos Frederico Rocha, professor do Departamento de Ecologia da Uerj e coautor do estudo. - Comprovamos, agora, que essa diminuição radical das populações deve-se às alterações de temperatura.
Os lagartos são muitos sensíveis às variações térmicas, porque os bichos se "termorregulam", isto é, modificam sua temperatura corpórea de acordo com a do ambiente. Eles fazem isso movimentando-se pelo "nicho térmico", um conjunto de ambientes que exploram para compensar as alterações e manter a temperatura média. Mas com as alterações climáticas, o campo de manobra diminuiu.
O Globo
Metade do planeta pode ficar inabitável pelo calor
O levantamento envolveu pesquisadores de 11 países, entre eles o Brasil, onde foi estudado o lagartinho-branco-da-praia, uma espécie que só existe nas restingas fluminenses. Das 24 populações de Liolaemus lutzae - como é conhecida no meio científico -, sete desapareceram nas últimas duas décadas.
- Imaginávamos inicialmente que esses desaparecimentos, aqui e no exterior, foram provocados por alterações no habitat dessas espécies, mas a maioria dos casos ocorreu em áreas protegidas - lembra Carlos Frederico Rocha, professor do Departamento de Ecologia da Uerj e coautor do estudo. - Comprovamos, agora, que essa diminuição radical das populações deve-se às alterações de temperatura.
Os lagartos são muitos sensíveis às variações térmicas, porque os bichos se "termorregulam", isto é, modificam sua temperatura corpórea de acordo com a do ambiente. Eles fazem isso movimentando-se pelo "nicho térmico", um conjunto de ambientes que exploram para compensar as alterações e manter a temperatura média. Mas com as alterações climáticas, o campo de manobra diminuiu.
O Globo
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