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RIO - A desembargadora Gizelda Leitão Teixeira, da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, negou nesta segunda-feira o pedido de liminar para garantir liberdade provisória da procuradora Vera Lúcia de Sant'Anna Gomes, acusada de torturar uma menina, de dois anos de idade , que ela tentava adotar. A procuradora está foragida desde quarta-feira, quando foi decretado mandado de prisão preventiva contra ela. O advogado Jair Leite Pereira informou, nesta segunda-feira, que Vera Lúcia vai esperar o julgamento do mérito do pedido de liberdade provisória, o que deve ocorrer em cerca de 12 dias. Na semana passada, ele dissera que aguardava o julgamento da liminar para ela se apresentar.
De acordo com a desembargadora, o fato de a procuradora ter desaparecido, sem qualquer informação ao juízo, demonstrou que ela está disposta a desafiar uma ordem judicial. Para a magistrada, "se motivos não houvesse para decretação da custódia preventiva, agora há, pois demonstrou verdadeiro desprezo pela Lei e pelas decisões judiciais o que, na condição de Procuradora de Justiça aposentada, tendo integrado por anos a Nobre e séria instituição do Ministério Público, mostra-se intolerável, sendo, data venia, a paciente imerecedora de qualquer mercê", escreveu a desembargadora, que lembrou ainda que o Ministério Público atribui a Vera Lúcia a prática de crime de natureza hedionda, "o que exige cautela na manutenção da liberdade do agente que o comete".
O Globo
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