Uma bebê, que completa 1 ano nesta sexta-feira (15), estava internada na manhã desta quinta (14) no Hospital Tatuapé, na Zona Leste de São Paulo, com traumatismo craniano. Ela se machucou depois de ter sido jogada pela janela de um ônibus por manifestantes que invadiram e atearam fogo no veículo. A menina foi vítima de agressores que protestavam na Favela do Tiquatira na noite da quarta (13). A manifestação ocorreu após a prisão de suspeitos de portarem drogas, informou a Polícia Militar.
“A mãe foi expulsa primeiro e, como teve que descer rápido, só teve tempo de apanhar a filha de 5 anos. Quando desceu, a mãe caiu e foi pisoteada. Começou a gritar pela outra filha e um criminoso jogou o bebê pela janela”, disse ao G1 o tenente-coronel Eduardo Spósito, que comandou o trabalho da PM. Segundo ele, o bebê caiu com a cabeça no asfalto.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, nesta manhã a criança estava em observação e seu quadro era estável. Não havia, porém, previsão de alta. O bebê, a irmã e a mãe dele deram entrada no hospital por volta das 20h da quarta. Elas estavam dentro de um dos ônibus incendiados na Avenida Gabriela Mistral.
A secretaria informou ainda que a criança de 5 anos não sofreu ferimentos, Ela passou por avaliação médica e teve alta ainda na quarta. A mãe das crianças, de 24 anos, sofreu escoriações no braço direito e também teve alta na quarta.
De acordo com o depoimento prestado pelo motorista do ônibus e registrado no boletim de ocorrência no 10º Distrito Policial, na Penha, as duas irmãs foram jogadas no assoalho do veículo pelos agressores, quando eles invadiram o ônibus e empurraram as pessoas, forçando as vítimas a saírem.
A manifestação deixou pelo menos 11 vítimas, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública. Entre elas, ainda segundo a secretaria, quatro pessoas se feriram, sendo dois PMs e duas crianças. O tenente-coronel da PM informou, no entanto, que pelo menos seis pessoas se feriram: a mãe e as duas crianças e três policiais militares. Dois deles foram atingidos por pedradas na cabeça e o terceiro, na canela.
Roubo
O tenente-coronel Spósito contou que os criminosos roubaram algumas pessoas que estavam dentro do ônibus antes de forçá-los a descer. Pelo menos sete vítimas, ainda segundo o oficial, prestaram queixa de objetos roubados. “A partir do momento que não queriam mais roubar, começaram a expulsar as pessoas do ônibus, de forma violenta”, disse.
Portal G1
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