Testemunha entrevistada nesta quarta-feira pela TV RPC, afiliada da Rede Globo, contou que os bombeiros diziam que Carli Filho estava visivelmente alcoolizado. No momento do acidente, ocorrido no último dia 7, o velocímetro do carro do deputado acusava 190 quilômetros por hora.
- Ele não dizia coisa com coisa - afirmou a testemunha.
A mãe de um dos jovens mortos no acidente, Cristiane Yared, não se diz surpresa com o boletim:
- Nenhuma pessoa em sã consciência podia dirigir com aquela velocidade.
Além disso, Carli Filho acumula 30 multas de trânsito, sendo 23 delas por excesso de velocidade. Sem autorização para dirigir desde julho do ano passado, quando a carteira de habilitação foi suspensa por ter ultrapassado 20 pontos, o deputado possui um total de 130 pontos.
O advogado da família dos rapazes mortos, Elias Mattar Assad, protocolou no início da tarde desta quarta-feira na Assembléia Legislativa do Paraná pedido para abertura de processo para cassação do mandado de Carli Filho, alegando quebra de decoro parlamentar. Em último boletim médico divulgado pelo Hospital Albert Einstein, onde o deputado está internado, Carli Filho está consciente e deve se submeter a uma cirurgia plástica para corrigir as deformações da boca e da face causadas pelo acidente.
Foro privilegiado
O novo responsável pelas investigações do acidente é o desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná Miguel Tomas Pessoa Filho. O TJ assumiu as investigações porque o parlamentar tem foro privilegiado.
Três das multas que o deputado recebeu foram consideradas gravíssimas, por exceder em mais de 50% a velocidade máxima da via. Seis multas foram na mesma via onde ocorreu o acidente.
Três das multas que o deputado recebeu foram consideradas gravíssimas, por exceder em mais de 50% a velocidade máxima da via. Seis multas foram na mesma via onde ocorreu o acidente.
Segundo a assessoria de imprensa do tribunal, Pessoa Filho foi escolhido por meio de um sorteio eletrônico - mesmo critério que é utilizado para a distribuição de processos aos desembargadores do TJ.
Ainda devem ser acrescentados ao processo laudos do Instituto de Criminalística sobre o local do acidente, que já foram solicitados pelo delegado. As imagens dos radares da rua onde ocorreu a batida e das vias próximas já foram anexadas ao inquérito encaminhado ao TJ. Segundo informações da Agência Estadual de Notícias, o delegado também recebeu imagens da câmera de vigilância do posto de combustível que fica próximo ao local da colisão.
A análise da dosagem alcoólica seria feita com base em material colhido pelos médicos do hospital para exames de praxe no pronto-socorro. O Hospital Evangélico, no entanto, afirma que o sangue colhido foi descartado após exames, como costume.
A coleta de sangue para o exame de dosagem alcóolica não teria sido requisitada pela delegacia responsável pelo caso porque o parlamentar estava inconsciente, internado na UTI e recebido medicamento intravenoso. Segundo uma fonte da Secretaria de Segurança Pública do Estado, esse seria o procedimento normal.
No Rio Grande do Sul, os exames de dosagem alcoólica e toxicológicos são requisitados sempre que há acidentes de trânsito envolvendo vítimas. No caso do motorista estar em estado grave, médicos e policiais negociam a possibilidade da coleta do material para exames.
Ainda devem ser acrescentados ao processo laudos do Instituto de Criminalística sobre o local do acidente, que já foram solicitados pelo delegado. As imagens dos radares da rua onde ocorreu a batida e das vias próximas já foram anexadas ao inquérito encaminhado ao TJ. Segundo informações da Agência Estadual de Notícias, o delegado também recebeu imagens da câmera de vigilância do posto de combustível que fica próximo ao local da colisão.
A análise da dosagem alcoólica seria feita com base em material colhido pelos médicos do hospital para exames de praxe no pronto-socorro. O Hospital Evangélico, no entanto, afirma que o sangue colhido foi descartado após exames, como costume.
A coleta de sangue para o exame de dosagem alcóolica não teria sido requisitada pela delegacia responsável pelo caso porque o parlamentar estava inconsciente, internado na UTI e recebido medicamento intravenoso. Segundo uma fonte da Secretaria de Segurança Pública do Estado, esse seria o procedimento normal.
No Rio Grande do Sul, os exames de dosagem alcoólica e toxicológicos são requisitados sempre que há acidentes de trânsito envolvendo vítimas. No caso do motorista estar em estado grave, médicos e policiais negociam a possibilidade da coleta do material para exames.
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