quinta-feira, 14 de maio de 2009

Termina interrogatório de Mohammed


Terminou agora o interrogatório de Mohammed d’Ali. Com respostas monossilábicas e demonstrando apatia, Mohammed confirmou ao juiz Jesseir ao início do interrogatório ter matado e esquartejado a inglesa Cara Marie Burke, além de ocultar o cadáver dela. Ele disse que a mala preta e a faca usada no crime eram dele e que conheceu a vítima em Londres, na casa de um amigo, conhecido como Dudu. Segundo o réu, os dois eram amigos e, quando chegaram no Brasil, não namoraram nem tiveram relacionamento sexual. De braços cruzados, Mohammed disse que Cara saiu da Inglaterra com 16 anos e usava maconha e cocaína. No Brasil, o réu disse que Cara morou um mês com ele em um apartamento no Setor Universitário, e depois se mudou para o Jardim Novo Mundo, onde arrumou um namorado. Mohammed disse que Cara furtava celulares e bicicletas em Londres para comprar roupas “e fazer bagunça na rua”. À época do crime, Cara já morava em outro setor e o crime se deu após ela pedir a Mohammed para voltar a morar com ele. Pedido aceito, ele a chamou para ir a sua casa e ao chegar, a inglesa lhe pediu dinheiro emprestado ao que ele negou dizendo-lhe que não era seu pai e, em seguida, jogou 50 gramas de cocaína em cima da mesa. Diante disso, ela o criticou dizendo que ele não tinha dinheiro para lhe emprestar, mas tinha para comprar drogas. Cara teria avisado Mohammed que contaria o fato para a mãe dele e que chamaria um amigo da Rotam para buscar a droga e dar-lhe o dinheiro correspondente a ela. “Então eu liguei o som alto para atrapalhar a ligação, mas nem deu tempo porque quando ela foi ao telefone eu peguei a faca que estava usando para cortar o pó e enfiei nela”, comentou. Ele disse que já estava usando sob efeito do crack havia quatro dias e, somente algum tempo depois, se deu conta de que havia matado Cara. “Com uma das mãos eu tapei a boca dela e, com a outra, segurava a faca. Ela tocou na faca duas vezes, eu cheguei a morder o braço dela e ela a soltou”, detalhou.Questionado pelo juiz, não soube precisar quantas facadas deu em Cara “Só saí distribuindo pelo corpo”. Após matar a vítima, ele tomou banho e, em seguida, colocou o corpo da inglesa no banheiro e saiu de casa em direção à festa de uma amiga, no Setor Santo Hilário, onde permaneceu até as 10 horas da manhã do dia seguinteEle assumiu que, antes de ir para a festa, tirou fotos do corpo da vítima pelo seu aparelho celular. Depois de sair da festa, voltou para casa e começou a pensar em como faria para tirar o corpo de Cara de sua residência, ocasião em que decidiu que a esquartejaria. “Fui a um supermercado e comprei uma faca. Cortei primeiro a cabeça, depois os braços e, por fim, as pernas”, relatou. Mohammed afirmou que tinha duas malas em casa, as quais utilizou para colocar os membros e cabeça da vítima. Pegou primeiramente uma das malas, onde colocou membros e cabeça de Cara e, com o carro emprestado por um amigo, dirigiu-se ao Corrego Sozinha, onde a jogou. Em seguida, voltou ao apartamento e pegou a outra mala, que estava com o tronco da vítima, e a levou para o mesmo lugar. Ninguém descobririaMohammed assumiu para o juiz que pensava que ninguém descobriria o crime, haja vista que depois que voltou ao apartamento, o lavou com água, desifetante e água sanitária. Ele disse ainda que não contou o crime para ninguém. Em seguida lembrou a morte do pai. “Dizem que arrancaram as partes dele também, os olhos. Fiquei desgostoso da vida porque não tinha meu pai e minha mãe nunca estava em casa”.Sorrindo muito, Mohammed relatou em inglês, a pedido do juiz, o diálogo que teve com Cara a respeito da droga pouco antes de matá-la, além de afirmar que a mãe envia de Londres R$ 4 mil mensais para ele. Disse estar arrependido do crime e que está se sentindo melhor sem o uso de drogas. “Na hora é tudo muito bom, mas depois vem a depressão”, afirmou.ConversaO promotor Milton Marcolino, representante do MP, leu uma conversa que Mohammed teve com um amigo, de nome Abraham de Londres, via internet. Segundo descrição, no diálogo o réu chegou a falar :”Mano, eu matei essa puta em meu quintal, mas não acharam as partes porque eu as joguei num rio”. Na mesma conversa, Abraham informou a Mohammed que os jornais londrinos já estavam noticiando o fato e intitulando-o como “o crime do ano”, mas que ainda não se sabia quem era o culpado. “Mano ela não acreditou no que eu era capaz de fazer com uma pessoa. Você precisa ver como ela ficou linda sem braços, pernas e cabeças. Eu estou feliz porque estou vivo e ainda não fui preso”, acrescentou. Ainda durante a conversa Abraham disse que Mohammed “era doido” e que não deveria ter ido tão longe com a garota. O amigo pediu ainda que o réu deixasse o Brasil para não ser pego pela polícia.Implorando para Mohammed não mentir, a defesa perguntou se o réu se lembra de alguma coisa que o pai dele fez. “Só de ele colocando o relógio no meu braço e passeando comigo no carro de polícia. Toda vez que meu pai chegava, ele ligava a sirene e dava volta comigo no carro.” Quanto aos animais que criava, Mohammed disse que gostava de colocar o seu cachorro para brigar com outros. E afirmou: “eu pegava gatos na rua, amarrava o pescoço no alto do muro, fazia o cachorro alcançar o gato até o momento em que, tendo alcançado, o pit bull arrancava o pescoço do gato.” Quando isso acontecia, a “brincadeira” acabava com receio de o irmão brigar com ele. Perguntado pela defesa se cometeu outras crueldades desse tipo, Mohammed deu uma gargalhada e, questionado sobre o porquê do sorriso, respondeu: ”É que eu não acho nada horripilante”.Mohammed disse que chegou a falar para o irmão que quando a mãe deles morresse, ele o mataria. O estudante começou a roubar aos 15 anos para usar drogas e “ir para o frevo”. Em relação à ausência da mãe, que mora em Londres, Mohammed disse: “Acho que ela manda dinheiro para mim como foma de compensar a falta dela, mas em vez disso eu prefiro a presença dela.” Ao final do interrogatório, Mohammed disse que tem vontade de se tratar e afirmou ter consciência de que, caso condenado, esse tratamento poderia ser realizado estando ele recluso.

Acompanhe o julgamento pelo Diário da Manhã de Goiânia:http://www.dm.tv/

2 comentários:

  1. O que comentar sobre esse rapaz?
    Jamais demonstrará arrependimento pelo crime cometido, e muito provavelmente outros cometerá.
    A psiquiatria diz que não são doentes mentais, pois sabem o que fazem.
    O que fazer com criaturas assim, não são loucos, não são doentes mentais, são um nada, e devassam tudo por onde andam?

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  2. Vc disse bem, caro(a) leitor(a); são um NADA!
    Sou absolutamente contra a pena de morte, porém seu princípio paraece-me mais justo qo que a condenação há alguns anos de prisão, com vários direitos, como sair antes de cumprido o total da pena.
    Mas, que fazer???????
    Obrigada por sseu comentário; volte sempre!

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