SÃO PAULO. O borracheiro José Barra Nova de Melo, de 47 anos, foi condenado ontem a 11 anos, 10 meses e 15 dias de prisão por crimes de pedofilia em Catanduva. Conhecido como "Zé da Pipa", o borracheiro é acusado de abusar sexualmente de crianças do bairro Jardim Alpino, na periferia da cidade. Barra Nova, que alegava inocência desde sua prisão, em janeiro, admitiu à Justiça ter feito sexo oral em uma das crianças, mas negou os outros crimes.
O sobrinho do borracheiro, William Melo, de 19 anos, foi condenado a 7 anos e 6 meses por ter participado dos crimes, segundo as vítimas, que são crianças entre 5 anos e 11 anos. Este foi o primeiro processo julgado no escândalo da pedofilia em Catanduva. O Ministério Público deve apresentar à Justiça o resultado da segundo investigação sobre o caso, que foi aberta depois de denúncia publicada pelo GLOBO, em fevereiro passado, de que as famílias das vítimas haviam denunciado mais suspeitos e um número maior de crianças supostamente abusadas.
No segundo processo que deverá ser instaurado na Justiça da cidade, o Ministério Público poderá acusar novamente Barra Nova e William, apresentando mais vítimas. As crianças afirmaram ter sido abusadas não só na casa do borracheiro, mas levadas para outros locais, como uma casa de classe média alta, no bairro Bosque. Embora os suspeitos tivessem usado outros nomes para lidar com as crianças, as investigações levaram ao médico endocrinologista Rodrigo Brida Gonçalves e ao empresário José Emmanuel Volpon Diogo, que também é fazendeiro criador de gado. Os dois tiveram prisão provisória decretada, mas obtveram habeas-corpus e estão em liberdade. Volpon Diago e Gonçalves disseram ser inocentes.
O juiz Celso Mazitelli Neto, da 1ª Vara Criminal de Catanduva, foi quem condenou os dois acusados. O julgamento ocorreu em quatro meses; e a sessão de ontem foi determinada depois de seis horas de audiência com as vítimas, as testemunhas e os suspeitos.
- A sociedade tem de ver o resultado. Reclama-se muito da impunidade, de que a Justiça está longe. Então, o julgamento tem o saldo mais positivo possível, com a maior transparência_ disse o juiz em entrevista por telefone.
Mazitelli Neto afirmou que o julgamento é "a primeira resposta" do Judiciário às denúncias, lembrando que o outro processo será conduzido pela juíza Sueli Juarez Alonso, da Vara da Infância e Juventude.
Barra Nova deve continuar preso, pois teve prisão preventiva decretada pela juíza Sueli Alonso no decorrer do segundo inquérito. Já William, que ficou detido em prisão provisória, poderá recorrer da sentença em liberdade. Isso de acordo com a nova norma do Supremo Tribunal Federal, que prevê liberdade para os acusados até que o julgamento seja feito em última instância, o chamado "transitado em julgado".
O Ministério Público não divulgou o número de crianças que constam como vítimas no segundo inquérito, mas dezenas de pais e crianças foram ouvidos pela polícia. Em fevereiro, as famílias denunciaram ainda ao GLOBO que não receberam a atenção adequada da polícia e do poder público. Os casos de pedofilia na cidade chamaram a atenção da CPI da Pedofilia do Senado, que em março instaurou uma sessão na Catanduva para ouvir vítimas e suspeitos. Com as denúncias de falta de apoio do poder público, o caso também interessou à Secretaria Nacional de Direitos Humanos, da Presidência da República, que mandou uma equipe à cidade para saber que tratamento as famílias das vítimas estavam recebendo da prefeitura.
A prefeitura informou que ofereceu apoio médico e psicológico às crianças, além de uma cesta básica por mês já que algumas mães perderam ou deixaram o emprego para cuidar dos filhos depois das denúncias.
O sobrinho do borracheiro, William Melo, de 19 anos, foi condenado a 7 anos e 6 meses por ter participado dos crimes, segundo as vítimas, que são crianças entre 5 anos e 11 anos. Este foi o primeiro processo julgado no escândalo da pedofilia em Catanduva. O Ministério Público deve apresentar à Justiça o resultado da segundo investigação sobre o caso, que foi aberta depois de denúncia publicada pelo GLOBO, em fevereiro passado, de que as famílias das vítimas haviam denunciado mais suspeitos e um número maior de crianças supostamente abusadas.
No segundo processo que deverá ser instaurado na Justiça da cidade, o Ministério Público poderá acusar novamente Barra Nova e William, apresentando mais vítimas. As crianças afirmaram ter sido abusadas não só na casa do borracheiro, mas levadas para outros locais, como uma casa de classe média alta, no bairro Bosque. Embora os suspeitos tivessem usado outros nomes para lidar com as crianças, as investigações levaram ao médico endocrinologista Rodrigo Brida Gonçalves e ao empresário José Emmanuel Volpon Diogo, que também é fazendeiro criador de gado. Os dois tiveram prisão provisória decretada, mas obtveram habeas-corpus e estão em liberdade. Volpon Diago e Gonçalves disseram ser inocentes.
O juiz Celso Mazitelli Neto, da 1ª Vara Criminal de Catanduva, foi quem condenou os dois acusados. O julgamento ocorreu em quatro meses; e a sessão de ontem foi determinada depois de seis horas de audiência com as vítimas, as testemunhas e os suspeitos.
- A sociedade tem de ver o resultado. Reclama-se muito da impunidade, de que a Justiça está longe. Então, o julgamento tem o saldo mais positivo possível, com a maior transparência_ disse o juiz em entrevista por telefone.
Mazitelli Neto afirmou que o julgamento é "a primeira resposta" do Judiciário às denúncias, lembrando que o outro processo será conduzido pela juíza Sueli Juarez Alonso, da Vara da Infância e Juventude.
Barra Nova deve continuar preso, pois teve prisão preventiva decretada pela juíza Sueli Alonso no decorrer do segundo inquérito. Já William, que ficou detido em prisão provisória, poderá recorrer da sentença em liberdade. Isso de acordo com a nova norma do Supremo Tribunal Federal, que prevê liberdade para os acusados até que o julgamento seja feito em última instância, o chamado "transitado em julgado".
O Ministério Público não divulgou o número de crianças que constam como vítimas no segundo inquérito, mas dezenas de pais e crianças foram ouvidos pela polícia. Em fevereiro, as famílias denunciaram ainda ao GLOBO que não receberam a atenção adequada da polícia e do poder público. Os casos de pedofilia na cidade chamaram a atenção da CPI da Pedofilia do Senado, que em março instaurou uma sessão na Catanduva para ouvir vítimas e suspeitos. Com as denúncias de falta de apoio do poder público, o caso também interessou à Secretaria Nacional de Direitos Humanos, da Presidência da República, que mandou uma equipe à cidade para saber que tratamento as famílias das vítimas estavam recebendo da prefeitura.
A prefeitura informou que ofereceu apoio médico e psicológico às crianças, além de uma cesta básica por mês já que algumas mães perderam ou deixaram o emprego para cuidar dos filhos depois das denúncias.
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