terça-feira, 12 de maio de 2009

Garoto antissemita quer presidir o Irã

Koresh Mouzuni, de 12 anos, apresentou candidatura para "impedir a matança de crianças no mundo". Ele propõe comprar o Havaí, Estado onde Barack Obama nasceu, e mandar os israelenses para lá.

O garoto Koresh Mouzuni, de 12 anos, anunciou nesta terça-feira (12) que vai tentar concorrer ao cargo de presidente do Irã nas eleições marcadas para 12 junho. Mostrando desenvoltura, Mouzuni concedeu entrevistas falando sobre suas propostas e deixou claro que, assim como o atual presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, aposta em uma plataforma antissemita para conquistar os eleitores. De acordo com o site israelense Ynet, Mouzuni tem como principal objetivo, se for eleito, “impedir a matança de crianças no mundo, como a que está ocorrendo na Faixa de Gaza”, o território de maioria palestina controlado por Israel. Nesta terça, os repórteres que cobriam a entrega das candidaturas no Ministério do Interior, em Teerã, ficaram surpresos com juventude do garoto, mas o trataram como um candidato comum. Quando perguntado sobre o que faria em relação à Israel, o garoto transpareceu sua orientação. “Eu vou comprar o Havaí, o lugar de nascimento de Obama, dos Estados Unidos e vender para os israelenses irem morar lá – assim não vão matar crianças em Gaza”, afirmou.
O garoto, único candidato a apresentar um programa de governo, ainda mostrou habilidade ao lidar com os jornalistas. Um deles questionou Mouzuni sobre o “bolo amarelo”, uma das fases do processo de enriquecimento de urânio, a base da energia nuclear e do polêmico projeto de armas atômicas do Irã. “Um presidente não precisa conhecer tudo sobre energia nuclear e saber enriquecer urânio sozinho”, disse o garoto. “O presidente precisa saber como administrar as coisas”. Mouzuni ainda comentou sobre a possível formação de seu gabinete, e rechaçou a possibilidade de nomear o pai. “Meu primeiro vice será Ahmadinejad”.

Todos os candidatos à Presidência do Irã devem passar pelo crivo do Conselho dos Guardiães da Revolução. É esse grupo que define quem pode ou não concorrer e que decidirá se a candidatura de Mouzuni é válida.
REDAÇÃO ÉPOCA

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