O reconhecimento será feito na cidade de São José do Rio Preto, a 60 km de Catanduva. As crianças serão levadas de carro, em grupos separados, para as sessões na Delegacia de Investigações Gerais (DIG). “Essa medida é para evitar que as crianças fiquem expostas como ocorreu no primeiro reconhecimento realizado em Catanduva. E também atende pedido dos promotores que acompanham o caso”, disse o senador Magno Matla (PR-ES), presidente da comissão.
Segundo Malta, na primeira sessão de reconhecimento realizada em Catanduva, as crianças ficaram expostas à imprensa e também não foram bem tratadas, ficando, inclusive sem alimentação adequada durante o dia.
Além disso, segundo o senador, “a DIG tem uma sala especial para reconhecimento, que será acompanhado também pelos promotores do Grupo Especial de Ação e Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) de Rio Preto”.
Além do médico e do empresário, o borracheiro José Barra de Melo, 46 anos, o Zé da Pipa, e seu sobrinho, William Melo de Souza, 19 anos, serão submetidos ao reconhecimento. Os dois foram os únicos, entre nove suspeitos, condenados até agora em um primeiro processo sobre o caso. Zé da Pipa pegou 11 anos de prisão e William sete anos e meio. Os trabalhos da CPI devem durar dois dias.
Malta disse que a CPI não tem poder para condenar nenhum dos suspeitos, mas tem juízo formado sobre o assunto. “O que posso dizer é que quem deve não foge, não tenta se esconder”, disse referindo-se a suspeitos de classe média e alta, como o médico e o empresário, que se recusaram a prestar depoimentos e teriam fugido para não cumprir mandado de prisão expedido pela Justiça. “A CPI não pode condenar, mas pode indiciar e recomendar e o que eu posso dizer, com certeza, é que a CPI não deixará de dar uma dar uma resposta firme e que satisfaça a sociedade”, declarou.
Terra
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