Segundo explicou a promotora Ana Lúcia Melo, que ajudou a Justiça americana no caso, um juiz dos Estados Unidos vai decidir no mês de setembro o tempo de reclusão de Michael Joseph Clifford, de 44 anos. No entanto, segundo o MP, ele já está preso.De acordo com a promotora, a polícia americana fez buscas na casa dele e teria encontrado as fotos feitas no Brasil, com conteúdo erótico. Ainda segundo informou Ana Lúcia, isso deve ser levado em conta na definição da pena de Clifford.
Americano veio a trabalho
Segundo informou a polícia no ano passado, o americano estava em missão oficial no Brasil. Dois homens foram presos, suspeitos de aliciar o menor. Eles marcaram o encontro dele com o americano. Segundo a promotora, os dois ainda estão presos e o processo deles no Brasil ainda está correndo. Quando foram interrogados, os suspeitos negaram participação no aliciamento do menor. Eles contaram que ficaram sabendo do encontro e foram ao hotel tentar salvar o menino do americano.
As câmeras do hotel onde o estrangeiro estava hospedado gravaram a entrada da criança, por volta de 3h. Os dois subiram juntos no elevador em direção ao quarto do americano e o menino só saiu seis horas depois.Na época, o menino contou à polícia que seria morador da favela do Jacarezinho, subúrbio do Rio, mas dormia nas ruas de Copacabana. Ele disse, em depoimento, que aquela tinha sido a primeira vez que participava de um encontro sexual. Ele contou que teria recebido R$ 300.
Suspeito foi afastado do cargo
O americano foi embora no dia 16 de março deste ano. Quando chegou aos EUA, Clifford foi afastado do cargo.
Em abril, o agente federal americano Charles Allan compareceu à delegacia para conhecer os detalhes do inquérito. “Ele pediu desculpas, em nome de seu país, e disse que esse crime é abominável e considerado de natureza gravíssima pela Justiça americana, ainda mais quando é praticado por um funcionário do governo e em outro país”, disse o delegado Deoclécio Assis, na época na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente.
O caso foi investigado por entidades americanas, como o departamento de segurança interna ICE, com auxílio de órgãos brasileiros, como o Ministério Público do Rio e a DPCA.
G1
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