sábado, 20 de junho de 2009

Pai de Sean deve vir ao Brasil nas férias do menino

Os advogados de David Goldman, que disputa a guarda de seu filho, Sean, de 9 anos, com o padrasto da criança, disseram nesta sexta-feira (19) que o americano deve vir ao Brasil nas férias do menino. A disputa pela guarda entre o pai americano e o padrasto brasileiro ganhou uma nova reviravolta depois que a Justiça decidiu que David Goldman pode ficar com Sean seis dias por semana, mas no Brasil.
A decisão da 16ª Vara Federal é de que Sean fique de segunda-feira a sábado com David Goldman, o pai biológico, desde que seja no Brasil. A noite de sábado e o dia de domingo seriam passados com o padrasto, o advogado João Paulo Lins e Silva. Quando o pai estiver nos Estados Unidos, o menino permanece com o padrasto. Em uma entrevista a uma TV americana nesta sexta, a advogada de David Goldman disse que ele não tem pressa de vir ao Brasil, porque acha que a família brasileira vai recorrer, e a situação pode mudar. Ela afirmou que David pretende vir ao Brasil nas férias escolares do filho e que achou a decisão um bom sinal. O advogado brasileiro de David concorda: ”Eu acredito que a decisão é um passo importante no sentido de se entregar em definitivo ao pai pra retorno aos Estados Unidos no momento oportuno”, disse Ricardo Zamariola Jr.
O pai de Sean quer que seja obedecida a Convenção de Haia, segundo a qual, em casos como o de Sean, é a Justiça do país em que a criança habitualmente residia que deve determinar a guarda.

Histórico
O menino veio para o Brasil com a mãe, há cinco anos, e não voltou mais para os Estados Unidos. Aqui ela conseguiu na Justiça a guarda da criança. Bruna Bianchi morreu no ano passado, logo depois do parto da segunda filha. O advogado do padrasto não quis dar entrevista, mas disse que recorreu da sentença. Ele considerou que o juiz da 16ª Vara Federal não tem competência para se manifestar sobre o caso que já está em segunda instância. Uma decisão definitiva sobre o destino do menino ainda depende de várias ações. Sean permanece no Brasil porque o Tribunal Regional Federal aceitou um pedido do padrasto e decidiu que a criança deve ficar no Brasil até que essas ações sejam julgadas.
G1

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