quinta-feira, 18 de junho de 2009

Pesquisa do Ministério da Saúde mostra como é o comportamento sexual do brasileiro

RIO - Os brasileiros estão fazendo mais sexo casual e se protegendo menos nas relações sexuais, indica pesquisa divulgada nesta quinta-feira pelo Ministério da Saúde. Foram entrevistados 8 mil brasileiros entre 15 e 64 anos de idade nas cinco regiões do país. O resultado mostra que 77% da população são sexualmente ativos, e que o número de pessoas que afirmam praticar o sexo casual dobrou nos últimos quatro anos. Cerca de 16% dos entrevistados admitiram ter traído o parceiro no último ano. A pesquisa também aponta que 10,5% dos jovens e 7,3% da população adulta do país já conheceram um parceiro sexual pela internet. Leia mais: Temporão alerta para o risco de banalização da Aids
A boa notícia é que o uso do preservativo aumentou entre os jovens de até 24 anos. Enquanto 68% deles afirmam ter usado camisinha na última relação sexual, apenas 38% dos adultos acima de 50 anos afirmam o mesmo, e somente 16,6% dos adultos entre 25 e 49 anos adotam a mesma prática.
A médica Mariângela Simão, diretora do Departamento de DST e Aids do Ministério da Saúde, lembra que apesar de quase metade (45,7%) da população confirmar o uso consistente da camisinha na primeira relação sexual com um novo parceiro, o número cai a medida que a confiança entre o casal cresce.
- Os jovens de hoje nasceram na era da Aids, por isso a relação com o preservativo é mais habitual - explica a médica.
Mulheres solteiras, indica a pesquisa, exigem sexo seguro duas vezes mais que as mulheres casadas, e os homens usam camisinha quatro vezes mais em relações casuais do que em relações estáveis. Jovens de até 24 anos costumam ter o dobro de parceiros casuais do que aqueles com idades entre 25 e 49 anos.
Brasileiros estão mais conscientes dos riscos do HIV
A pesquisa também aponta que os brasileiros estão entre os mais informados do mundo sobre as formas de infecção e da prevenção da Aids. Mais de 95% da população sabe que o uso do preservativo é a melhor forma de evitar a transmissão do HIV, e 90% dos entrevistados afirmam saber que a doença não tem cura.
O Ministério da Saúde também avaliou que quanto mais fácil for o acesso aos preservativos, maior é a chance da pessoa se proteger na próxima relação sexual. Segundo os resultados, quem já recebeu um preservativo gratuitamente na escola ou no posto de saúde tem duas vezes mais chance de adotar o hábito do que aqueles que não têm fácil acesso ao produto.


O Globo On Line

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