terça-feira, 30 de junho de 2009

STF indefere pedido de médico acusado de estupro

Um dia depois, o advogado Adriano Salles Vanni (foto maior) encaminhou ao STF solicitação para que o indiciamento fosse cancelado com o argumento de que a polícia apresentou na última hora, quando o médico compareceu à delegacia, o nome de mais quatro supostas vítimas, sem revelar o teor das acusações. Não houve portanto, segundo ele, a preservação do direito constitucional da ampla defesa.Mas a polícia e o Ministério Público negam que a defesa esteja sendo prejudicada. O que agora passa a ser também o entendimento do STF.
Mais de 60 ex-pacientes acusam o médico de assédio sexual. “Com o indiciamento, passei a acreditar que a Justiça será feita”, disse uma delas. “Que este médico nunca mais volte a clinicar.” Ela pediu que o seu nome não fosse divulgado.
A empresária Ivanilde Vieira Serebrenic, uma das ex-pacientes que se expuseram na imprensa para acusar o médico de modo a encorajar outras mulheres a denunciar o abuso, disse que de início temia que tudo pudesse acabar em pizza. Mas agora ela está otimista. “A Justiça começa a ser feita”, falou ao jornal Cruzeiro do Sul, de Sorocaba (SP).
Outra ex-paciente lamenta a morosidade do CRM (Conselho Regional de Medicina) na apuração do caso.Para ela, considerando a gravidade e a quantidade das denúncias, a entidade já deveria ter afastado Abdelmassih do exercício da medicina, ainda que em caráter provisório.“Eu acho que o conselho só vai tomar uma providência depois da condenação do médico. Se for isso, para que serve o conselho? Só para referendar uma decisão judicial? Isso é não servir para nada”, disse.

Fonte: Blog do jornalista Paulo Lopes

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