sábado, 5 de dezembro de 2009

Ex-secretário de Sorocaba tinha mais de 2.100 imagens de pornografia infantil em computador da Prefeitura

SÃO PAULO - Preso desde agosto passado, quando foi flagrado com três adolescentes em um motel , o ex-secretário de Administração de Sorocaba, Januário Renna, 63 anos, tinha mais de 2.100 imagens de pornografia infantil no computador que usava na sede da secretaria. As fotos estão em poder da CPI da Pedofilia. Nesta sexta-feira, Renna foi a uma audiência da CPI no Fórum de Sorocaba e chegou com a cabeça coberta.
O senador Magno Malta, presidente da CPI da pedofilia, fez com que Renna se sentasse na cadeira a seu lado e começou a mostrar as fotos encontradas pela perícia no computador que ele utilizava na secretaria. Mesmo pressionado, o ex-secretário permaneceu calado durante todo o tempo e não quis falar sobre o assunto. A todas as perguntas feitas pelo senador, o ex-secretário deu a mesma resposta: "me reservo o direito de permanecer calado".
A audiência pública foi acompanhada por várias pessoas, inclusive um assessor da Prefeitura de Sorocaba.
A polícia de Sorocaba identificou outras seis meninas, todas menores de idade, que tivera, relacionamento com o secretário.
Renna foi preso em flagrante em um motel de Itu, a 80 km da capital paulista, vizinha a Sorocaba. Ele estava em um quarto com uma menina de 15 anos e duas de 14. As garotas disseram à polícia que cada uma receberia R$ 100 pelo programa.
Todos foram levados para a sede do Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic), em São Paulo. Foi uma denúncia anônima que fez a polícia investigar Renna por duas semanas, até fazer o flagrante.
Casado, pai de três filhos, Renna estava à frente da Secretaria de Administração de Sorocaba desde maio de 2005. Com o escândalo, foi exonerado.
Renna foi indiciado por induzir à prostituição menores de idade. Se condenado, o ex-secretário pode pegar até dez anos de prisão.
O ex-secretário está preso no Centro de Detenção Provisória de Sorocaba, com outros condenados por pedofilia, como o pediatra Eugênio Chipkevitch, condenado a 114 anos de prisão por abusar sexualmente de adolescentes, e o ex-padre Alfieri Eduardo Bonpani, que recebeu pena de 93 anos também por ter abusado de menores.


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