PORTO ALEGRE - A professora Maria Denise Bandeira - que ficou conhecida por ter obrigado um aluno de 14 anos a pintar as paredes da escola pichadas por ele em Viamão, no Rio Grande do Sul - vai pagar à Justiça meio salário mínimo, o equivalente a R$ 232,50. O valor será pago a título de transação penal.
Em setembro, a promotora Daniela Lucca da Silva encaminhou ação por uma possível infração do Estatuto da Criança e do Adolescente, a de submeter criança ou adolescente a vexame ou a constrangimento.
Como Maria Denise não tinha condenações anteriores, a promotora ofereceu um dispositivo comum nestes casos, a chamada transação penal. Com o procedimento utilizado em juizados especiais, a ação é arquivada, evitando um processo. A professora optou pelo acordo e pagará o valor em duas parcelas.
- Ela não foi condenada a nada. O Ministério Público ofereceu um acordo e ela aceitou - disse o advogado Diogo Saltz.
Um dia depois de ter aceitado o acordo, a professora recebeu dezenas de ligações de apoio. Todos queriam ajudá-la a pagar o valor da transação penal estabelecida pela Justiça.
Como o número de pessoas dispostas a ajudar é maior que o valor, ela pediu que as doações fossem depositadas na conta do Conselho de Pais e Mestres da instituição. O dinheiro deve ser usado para comprar brinquedos.
- A gente vai fazer um Natal Luz bem legal para as crianças carentes da escola - disse Maria Denise.
O adolescente de 14 anos pichou a escola onde estuda dias após a comunidade ter feito um mutirão e pintado o prédio. A professora liderou um movimento para saber quem tinha sido o autor da pichação. Identificado o garoto, ela determinou que ele apagasse as marcas e fizesse retoques na pintura de outras oito salas de aula da Escola Estadual de Ensino Médio Barão de Lucena. Parte da punição aplicada ao estudante, que estuda na 6ª série, foi gravada em vídeo por colegas de outras turmas e entregue ao pai do aluno. Revoltados, os familiares se queixaram à direção da escola e encaminharam e-mail à Secretaria Estadual da Educação criticando a ação da professora.
O pai do garoto saiu em defesa do filho e disse que ele apenas escreveu o nome dele na parede. " Nem sei dá para chamar de pichação ", afirmou.
A professora disse que o garoto já havia pichado outras vezes e que sequer havia contribuído com o valor de R$ 1 pedido aos alunos para ajudar a comprar tinta para o mutirão realizado pela comunidade.
Maria Denise afirmou que os professores se sentem abandonados nas escolas, diante da destruição, sem que ninguém tome providência: "No dia seguinte à pintura, eu estava com o braço tão dolorido que nem conseguia escrever no quadro. Mas ele disse para os colegas: 'eu vou ser o primeiro a pichar'.", contou a professora.
Na ocasião, o site do Globo perguntou aos leitores se eles achavam que a professora exagerou. Mais de 3 mil leitores participaram e a maioria deles 89,99% afirmou que a professora apenas externou sua revolta pela atitude do aluno. A parcela dos que acharam que ela exagerou foi de 10,01%. Confira o resultado
Em setembro, a promotora Daniela Lucca da Silva encaminhou ação por uma possível infração do Estatuto da Criança e do Adolescente, a de submeter criança ou adolescente a vexame ou a constrangimento.
Como Maria Denise não tinha condenações anteriores, a promotora ofereceu um dispositivo comum nestes casos, a chamada transação penal. Com o procedimento utilizado em juizados especiais, a ação é arquivada, evitando um processo. A professora optou pelo acordo e pagará o valor em duas parcelas.
- Ela não foi condenada a nada. O Ministério Público ofereceu um acordo e ela aceitou - disse o advogado Diogo Saltz.
Um dia depois de ter aceitado o acordo, a professora recebeu dezenas de ligações de apoio. Todos queriam ajudá-la a pagar o valor da transação penal estabelecida pela Justiça.
Como o número de pessoas dispostas a ajudar é maior que o valor, ela pediu que as doações fossem depositadas na conta do Conselho de Pais e Mestres da instituição. O dinheiro deve ser usado para comprar brinquedos.
- A gente vai fazer um Natal Luz bem legal para as crianças carentes da escola - disse Maria Denise.
O adolescente de 14 anos pichou a escola onde estuda dias após a comunidade ter feito um mutirão e pintado o prédio. A professora liderou um movimento para saber quem tinha sido o autor da pichação. Identificado o garoto, ela determinou que ele apagasse as marcas e fizesse retoques na pintura de outras oito salas de aula da Escola Estadual de Ensino Médio Barão de Lucena. Parte da punição aplicada ao estudante, que estuda na 6ª série, foi gravada em vídeo por colegas de outras turmas e entregue ao pai do aluno. Revoltados, os familiares se queixaram à direção da escola e encaminharam e-mail à Secretaria Estadual da Educação criticando a ação da professora.
O pai do garoto saiu em defesa do filho e disse que ele apenas escreveu o nome dele na parede. " Nem sei dá para chamar de pichação ", afirmou.
A professora disse que o garoto já havia pichado outras vezes e que sequer havia contribuído com o valor de R$ 1 pedido aos alunos para ajudar a comprar tinta para o mutirão realizado pela comunidade.
Maria Denise afirmou que os professores se sentem abandonados nas escolas, diante da destruição, sem que ninguém tome providência: "No dia seguinte à pintura, eu estava com o braço tão dolorido que nem conseguia escrever no quadro. Mas ele disse para os colegas: 'eu vou ser o primeiro a pichar'.", contou a professora.
Na ocasião, o site do Globo perguntou aos leitores se eles achavam que a professora exagerou. Mais de 3 mil leitores participaram e a maioria deles 89,99% afirmou que a professora apenas externou sua revolta pela atitude do aluno. A parcela dos que acharam que ela exagerou foi de 10,01%. Confira o resultado
Só tenho a parabenizar este blog por esta matéria. Estava atrás da mesma. E quanto à professora Maria Bandeira, me tornei seu fã. Esta educadora honra os dizeres da nossa bandeira nacional e talvez por isso é digna de ter o nome que tem.
ResponderExcluirCarlos Chagas, infelizmente as crianças não recebem a educação necessária em casa e quando um professor tenta dar limites, é isso que acontece....os pais se voltam contra eles.
ResponderExcluirQual será o futuro de nossos jovens?
Agradecemos sua visita.
Abçs
Maria Célia e Carmen
Se atitudes assim fossem tomadas, com um certo critério, se os pais educassem melhor seus filhos, se uma série de outros SEs acontecessem no nosso país, não teríamos tantas gangs, tanta violência. Parabéns por sua atitude professora.
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