A polícia espanhola prendeu nesta sexta-feira uma quadrilha internacional acusada de prostituir mulheres brasileiras no sul do país. Segundo os detetives, em pouco mais de dois anos, a organização lucrou cerca de R$ 40 milhões com o tráfico de pessoas.
A polícia realizou uma batida na madrugada de quinta para sexta-feira na cidade de Almeria, que resultou na prisão de 48 pessoas - 31 prostitutas e 17 espanhóis acusados de pertencer à quadrilha, entre eles, um gerente de banco.
Segundo a polícia, a quadrilha controlava sete prostíbulos e 13 empresas responsáveis pela lavagem de dinheiro. Ao todo, 35 imóveis estavam registrados sob o nome de membros da gangue.
A Polícia Federal do Brasil participou das investigações para comprovar a origem das vítimas. Das 31 prostitutas, 27 são brasileiras. As outras quatro são russas.
As brasileiras detidas serão deportadas por estarem ilegalmente no país.
Investimentos imobiliários
Também colaboraram na operação as polícias de França e Rússia, já que, segundo os detetives, as mulheres exerciam a prostituição na Espanha e depois eram enviadas para outros locais da Europa.
A polícia informou que a quadrilha era comandada por três espanhóis: um casal e um gerente de banco, responsável pelo assessoramento financeiro para lavagem de dinheiro.
Com o esquema, os acusados teriam supostamente lavado ao menos 12 milhões de euros (cerca de R$ 36 milhões) entre 2007 e 2008 através de empresas falsas.
A operação policial ainda impediu que a quadrilha concluísse dois acordos de investimento imobiliário que estavam já assinados: a construção de três mansões na ilha de Tenerife e a compra de um hotel em Almeria.
Participaram da batida policial 80 detetives que revistaram 17 locais, incluindo prostíbulos e casas dos acusados, onde foram apreendidos 70 mil euros em dinheiro (cerca de R$ 200 mil), joias, seis revólveres e munição.
Os detidos foram indiciados por crimes de exploração sexual de estrangeiras, lavagem de dinheiro, posse ilegal de armas, formação de quadrilha e delitos contra a imigração ilegal e contra os direitos dos trabalhadores.
Se condenados, eles podem pegar entre 12 e 30 anos de cadeia.
BBC Brasil
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