O que caracteriza uma compulsão e quais as mais comuns?
Uma compulsão é caracterizada basicamente por um comportamento repetitivo que foge ao controle de seu portador e que, se impedido, provoca alto nível de ansiedade. A compulsão não pode ser confundida com a obsessão, que se refere a pensamentos repetitivos. As compulsões mais comuns estão ligadas ao consumo de álcool e drogas (lícitas ou ilícitas), alimentos, compras, sexo, jogo e trabalho.
Quem sofre mais de compulsões?
Depende do tipo de compulsão. Enquanto o consumo compulsivo de drogas é mais frequente em homens, outros hábitos podem ser mais frequentes entre as mulheres. Estudos mostram que o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), uma das diversas possibilidades de manifestação de atos compulsivos, é menos encontrado em negros do que em brancos, embora não se saiba até onde a dificuldade de acesso aos sistemas de saúde pelos primeiros podem estar influenciando nas estatísticas.
Depende do tipo de compulsão. Enquanto o consumo compulsivo de drogas é mais frequente em homens, outros hábitos podem ser mais frequentes entre as mulheres. Estudos mostram que o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), uma das diversas possibilidades de manifestação de atos compulsivos, é menos encontrado em negros do que em brancos, embora não se saiba até onde a dificuldade de acesso aos sistemas de saúde pelos primeiros podem estar influenciando nas estatísticas.
As compulsões estão aumentando?
Hoje em dia tem-se um leque maior de "objetos" que podem ser alvos de compulsão que não existiam no passado. Isso aliado, à cultura atual, pode colaborar para uma maior detecção de comportamentos compulsivos. É o caso do uso de máquinas (internet, jogos eletrônicos), bem como de exercícios físicos em academias. Fatores estressores de forma geral podem desencadear comportamentos compulsivos ou recidivar compulsões que estavam, até então, sob controle.
Pessoas com compulsões têm mais tendência a depressão, ansiedade e outros distúrbios de comportamento?
Sim, existe o que chamamos de comorbidade, que é a coexistência de transtornos mentais. Embora nem toda pessoa com atos compulsivos desenvolva necessariamente algum outro transtorno mental, os compulsivos têm uma probabilidade maior de desenvolver ansiedade ou depressão, quando comparados a pessoas emocionalmente estáveis. O fator genético pode funcionar como predisponente, mas não como causa única de uma compulsão.
Sim, existe o que chamamos de comorbidade, que é a coexistência de transtornos mentais. Embora nem toda pessoa com atos compulsivos desenvolva necessariamente algum outro transtorno mental, os compulsivos têm uma probabilidade maior de desenvolver ansiedade ou depressão, quando comparados a pessoas emocionalmente estáveis. O fator genético pode funcionar como predisponente, mas não como causa única de uma compulsão.
Quais os tratamentos indicados?
O ideal é associar medicamentos à psicoterapia. Sob o rótulo de "terapias alternativas" existe um número incalculável de procedimentos que fogem ao controle de estudos científicos.
Existem compulsões mais fáceis de tratar?
As compulsões de atos socialmente aceitos ou até mesmo estimulados pela sociedade, como compras por exemplo, podem ter um limite tênue com o que pode ser considerado normal. O mecanismo psíquico chamado "negação" é muito comum como recurso de defesa que uma pessoa adota para não ter que se ver necessitando de ajuda psíquica. Não se fala em compulsões mais fáceis ou difíceis de tratamento, mas pessoas com maior ou menor disposição para se tratar. Não há como um tratamento funcionar quando não se tem um interesse do paciente em realizá-lo.
As compulsões de atos socialmente aceitos ou até mesmo estimulados pela sociedade, como compras por exemplo, podem ter um limite tênue com o que pode ser considerado normal. O mecanismo psíquico chamado "negação" é muito comum como recurso de defesa que uma pessoa adota para não ter que se ver necessitando de ajuda psíquica. Não se fala em compulsões mais fáceis ou difíceis de tratamento, mas pessoas com maior ou menor disposição para se tratar. Não há como um tratamento funcionar quando não se tem um interesse do paciente em realizá-lo.
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