Entrevista: Ricardo Zamariola Junior, ADVOGADO DO AMERICANO DAVID GOLDMAN
O advogado Ricardo Zamariola Junior representa o americano David Goldman na luta travada nos tribunais brasileiros para reaver o filho Sean. Na quinta-feira, ele conversou com Zero Hora por telefone.
Zero Hora – Como está o caso Sean?
Ricardo Zamariola Junior – A família brasileira tem um recurso de apelação contra a sentença da 16ª Vara do Tribunal Federal do Rio. Também fizeram uso de três medidas processuais, com a finalidade de impedir a viagem do menor. Uma dessas medidas é a liminar que suspende a eficácia da sentença. Nosso trabalho é lutar para derrubar a liminar e, além disso, fazer com que o recurso de apelação seja julgado o mais rápido possível.
ZH– Qual é a solicitação de vocês junto à Justiça?
Zamariola – O pedido, julgado procedente pela Justiça brasileira, é fundado na Convenção de Haia, que determina o retorno da criança para que um juiz americano julgue a questão da guarda. O pedido não define a guarda.
ZH – Como têm sido as visitas de David ao filho?
Zamariola – Em fevereiro desse ano, nós conseguimos que ele tivesse o direito de visitar a criança. A família de Sean anda descumprindo esse acordo. Não permitem que Sean saia do prédio. O David tem de ficar na área de lazer do condomínio. A família coloca alguém para supervisionar a visita. Para se ter uma ideia, ele não pode subir para o apartamento para tomar água. A última visita foi na semana passada. Quando a família interfere menos, a criança fica perfeitamente natural com o pai.
ZH – O David demorou a buscar o retorno do filho?
Zamariola Junior – A mãe da criança veio para o Brasil em junho de 2004. Cerca de 30 dias depois, David já promoveu demanda de guarda nos EUA para providenciar o retorno da criança e obteve uma decisão favorável. Ele também denunciou o fato ao Departamento de Estado americano, que acionou o governo brasileiro. Por conta da demora do Brasil em tomar providências, em novembro de 2004 David deu início à demanda de busca e apreensão do menor aqui no Brasil.
Zero Hora
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