quarta-feira, 24 de junho de 2009

Ministério Público pede prisão preventiva de PMs acusados de participação em morte de engenheira

RIO - O Ministério Público (MP) e a Polícia Civil pediram, nesta quarta-feira, à Justiça a prisão preventiva de quatro policiais militares acusados de terem participado da morte da engenheira Patricia Amieiro, que está desaparecida desde 14 de junho do ano passado. Os quatro policiais foram denunciados pelo MP por ocultação de cadáver e dois deles por homicídio . Segundo o promotor Homero Freitas, o MP não conseguiu comprovar a participação de outros dois PMs. Durante a coletiva para esclarecer o caso, o diretor do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), Sérgio da Costa Henriques, mostrou detalhes da investigação técnica. Toda a exposição foi acompanhada pelo pai e pelo irmão da engenheira.
( Veja fotos da reconstituição do crime )
O crime aconteceu no dia 14 de junho de 2008. Segundo os peritos, o carro de Patrícia estava a pelo menos 120 Kmh. Eles consideram improvável que a engenheira tenha sido jogada para fora durante a queda. A principal suspeita é que os PMs tenham tentado fazer patrícia parar, não foram atendidos e atiraram. Depois, teriam pedido apoio a outros colegas do batalhão do Recreio dos Bandeirantes para ocultar o corpo. O inquérito do caso revela ainda que os policiais, do 31º BPM (Barra), recorreram a milicianos de Jacarepaguá para dar sumiço ao corpo, que teria sido queimado num "micro-ondas" - fogueira feita com pneus.
O carro de Patrícia Franco foi encontrado em uma ribanceira, na Barra da Tijuca, na saída do Túnel Zuzu Angel. A engenheira, de 24 anos, foi vista pela última vez depois de sair de um show no Morro da Urca. Segundo amigas, ela tinha bebido e dirigia com a carteira de habilitação vencida. A família da engenheira fez várias manifestações pedindo rapidez na investigação. No início do mês, policiais militares que estavam no local naquela madrugada, participaram de uma reconstituição.
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