A PM vai pedir a quebra do sigilo telefônico dos policiais para saber com quem eles falavam na hora em que abordaram o motorista
Rio - O empresário Roberto Bussamra e o filho, Rafael Bussamra — que confessou ter atropelado e matado o filho da atriz Cissa Guimarães, o músico Rafael Mascarenhas —, deverão ser indiciados por corrupção, assim como os dois PMs envolvidos no caso. Rafael responderá ainda por homicídio culposo (sem intenção). A Polícia Militar pedirá a quebra do sigilo telefônico dos agentes para saber se eles conversaram com alguém quando abordaram o jovem, na madrugada de terça passada, dia do acidente. A tragédia ocorreu no Túnel Acústico, na Gávea, que, por estar interditado, era usado como pista de skate pela vítima e dois amigos.
A polícia também não descarta a hipótese de também indiciar por corrupção Guilherme Bussamra, irmão de Rafael, que foi com o pai levar R$ 1 mil para os policiais. “Ao fim do inquérito outras pessoas podem ser indiciadas”, disse a delegada titular da 15ª DP (Gávea), Bárbara Lomba.
A PM quer saber com quem os policiais conversaram quando abordaram Rafael, como ele contou em novo depoimento na 15ª DP (Gávea), ontem. Ele revelou que o sargento Marcelo Leal de Souza e o cabo Marcelo Bigon se comunicaram com alguém. Segundo o rapaz, a dupla chegou ao local quando a vítima estava lá, mas sequer verificou qual era o estado de saúde do músico e se ocupou só dos ocupantes dos carros, o Siena do atropelador e o Honda Civic do amigo.
“Eles perguntavam (para Rafael) sobre o estado de saúde da vítima e pareciam contar (para a outra pessoa na linha) o que estavam fazendo”, contou o advogado da família, Spencer Levy. Rafael — que fez bandalha na passagem de emergência do túnel Zuzu Angel para chegar ao Acústico — enfatizou a elaboração de falso Boletim de Acidente de Trânsito feito pelos PMs.
Hoje, os policiais devem depor na Corregedoria da PM e amanhã, na 15ª DP. Análise do GPS da viatura em que estavam confirmou que a dupla fez o trajeto descrito por Rafael. A corrupção foi revelada sexta-feira pelo pai do atropelador, que contou que os agentes exigiram R$ 10 mil.
Levy voltou a afirmar que o rapaz foi impedido pelos PMs de ir à delegacia. “Se você me ferrar, a gente também te ferra!”, teriam dito os policiais, segundo Levy. Ele contou que a família de Rafael está com medo de sofrer represálias da PM e pretende se mudar.
Segundo a polícia, Rafael e seus amigos não consumiram bebida alcoólica antes do acidente. Hoje, deve ser divulgado o laudo da perícia do Siena. Na madrugada de hoje estava prevista a reconstituição do atropelamento.
MP cobra câmera em viaturas
O Ministério Público cobrará do governo do estado que sejam instaladas câmeras de vídeo com captação de áudio nos carros da PM. A ordem consta da Lei 5588/2009, vetada pelo governador Sérgio Cabral, mas promulgada pela Alerj. O procurador Paulo Hunder vai entrar com ação civil pública se não houver licitação para a compra dos equipamentos: “Os carros já circulam com GPS, as câmeras de áudio e vídeo somam porque um sem o outro é como saci. Consegue-se saber por onde os PMs andam, mas não sabe se estão trabalhando de forma lícita”.
Rio - O empresário Roberto Bussamra e o filho, Rafael Bussamra — que confessou ter atropelado e matado o filho da atriz Cissa Guimarães, o músico Rafael Mascarenhas —, deverão ser indiciados por corrupção, assim como os dois PMs envolvidos no caso. Rafael responderá ainda por homicídio culposo (sem intenção). A Polícia Militar pedirá a quebra do sigilo telefônico dos agentes para saber se eles conversaram com alguém quando abordaram o jovem, na madrugada de terça passada, dia do acidente. A tragédia ocorreu no Túnel Acústico, na Gávea, que, por estar interditado, era usado como pista de skate pela vítima e dois amigos.
A polícia também não descarta a hipótese de também indiciar por corrupção Guilherme Bussamra, irmão de Rafael, que foi com o pai levar R$ 1 mil para os policiais. “Ao fim do inquérito outras pessoas podem ser indiciadas”, disse a delegada titular da 15ª DP (Gávea), Bárbara Lomba.
A PM quer saber com quem os policiais conversaram quando abordaram Rafael, como ele contou em novo depoimento na 15ª DP (Gávea), ontem. Ele revelou que o sargento Marcelo Leal de Souza e o cabo Marcelo Bigon se comunicaram com alguém. Segundo o rapaz, a dupla chegou ao local quando a vítima estava lá, mas sequer verificou qual era o estado de saúde do músico e se ocupou só dos ocupantes dos carros, o Siena do atropelador e o Honda Civic do amigo.
“Eles perguntavam (para Rafael) sobre o estado de saúde da vítima e pareciam contar (para a outra pessoa na linha) o que estavam fazendo”, contou o advogado da família, Spencer Levy. Rafael — que fez bandalha na passagem de emergência do túnel Zuzu Angel para chegar ao Acústico — enfatizou a elaboração de falso Boletim de Acidente de Trânsito feito pelos PMs.
Hoje, os policiais devem depor na Corregedoria da PM e amanhã, na 15ª DP. Análise do GPS da viatura em que estavam confirmou que a dupla fez o trajeto descrito por Rafael. A corrupção foi revelada sexta-feira pelo pai do atropelador, que contou que os agentes exigiram R$ 10 mil.
Levy voltou a afirmar que o rapaz foi impedido pelos PMs de ir à delegacia. “Se você me ferrar, a gente também te ferra!”, teriam dito os policiais, segundo Levy. Ele contou que a família de Rafael está com medo de sofrer represálias da PM e pretende se mudar.
Segundo a polícia, Rafael e seus amigos não consumiram bebida alcoólica antes do acidente. Hoje, deve ser divulgado o laudo da perícia do Siena. Na madrugada de hoje estava prevista a reconstituição do atropelamento.
MP cobra câmera em viaturas
O Ministério Público cobrará do governo do estado que sejam instaladas câmeras de vídeo com captação de áudio nos carros da PM. A ordem consta da Lei 5588/2009, vetada pelo governador Sérgio Cabral, mas promulgada pela Alerj. O procurador Paulo Hunder vai entrar com ação civil pública se não houver licitação para a compra dos equipamentos: “Os carros já circulam com GPS, as câmeras de áudio e vídeo somam porque um sem o outro é como saci. Consegue-se saber por onde os PMs andam, mas não sabe se estão trabalhando de forma lícita”.
Estão querendo levar o caso para outro lado.
ResponderExcluirO pior de tudo foi a morte do menino.
Corruptos foram todos quem pediu (se pediu ou foi oferecido a eles), quem deu.
Horrível a atitude do pai de levar o carro pra uma oficina de fundo de quintal para consertarem muito rápido.
ESSE FOI UM AVISO AOS PAIS QUE NÃO EDUCAM OS FILHOS, NÃO DÃO LIMITES E ENCOBREM OS ERROS.
A VIDA ENSINA E DE MANEIRA MUITO DOLOROSA.