Médico é acusado de 56 crimes sexuais contra seus clientes. É a primeira condenação imposta ao especialista em reprodução in vitro
O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) cassou por unanimidade o registro profissional do médico Roger Abdelmassih. Trata-se da primeira condenação imposta ao especialista em reprodução in vitro, que responde na Justiça criminal a 56 acusações de estupro contra ex-pacientes. Embora caiba recurso da decisão, o próprio médico já havia "renunciado" à profissão.
Em junho deste ano, Abdelmassih protocolou no Cremesp o primeiro pedido de cancelamento de seu registro. Na sexta-feira (23), 30 minutos antes do início do julgamento, o órgão recebeu novo requerimento de exclusão do registro e suspensão da sessão. O ofício, assinado por advogados e Abdelmassih, dizia que, ao julgá-lo, o Cremesp estaria se rendendo ao "clamor popular, provocado pela imprensa sensacionalista". O pedido foi indeferido.
Em seu voto, o relator do processo pontuou todas as acusações que pesavam contra Abdelmassih, registrou as alegações do médico - entre elas que as pacientes tinham alucinações provocadas pela ingestão de um anestésico usado no tratamento - e decidiu pela cassação. Ao todo, o Cremesp instaurou 51 processos contra Abdelmassih - um para cada suposta vítima de abusos. As apurações prosseguem em relação aos outros 50 casos.
"O doutor Roger já tinha pedido a exclusão de seu nome dos quadros da medicina. Me parece uma decisão inócua e que caracteriza a perseguição do Cremesp", disse o criminalista José Luís Oliveira Lima, que defende Abdelmassih.
O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) cassou por unanimidade o registro profissional do médico Roger Abdelmassih. Trata-se da primeira condenação imposta ao especialista em reprodução in vitro, que responde na Justiça criminal a 56 acusações de estupro contra ex-pacientes. Embora caiba recurso da decisão, o próprio médico já havia "renunciado" à profissão.
Em junho deste ano, Abdelmassih protocolou no Cremesp o primeiro pedido de cancelamento de seu registro. Na sexta-feira (23), 30 minutos antes do início do julgamento, o órgão recebeu novo requerimento de exclusão do registro e suspensão da sessão. O ofício, assinado por advogados e Abdelmassih, dizia que, ao julgá-lo, o Cremesp estaria se rendendo ao "clamor popular, provocado pela imprensa sensacionalista". O pedido foi indeferido.
Em seu voto, o relator do processo pontuou todas as acusações que pesavam contra Abdelmassih, registrou as alegações do médico - entre elas que as pacientes tinham alucinações provocadas pela ingestão de um anestésico usado no tratamento - e decidiu pela cassação. Ao todo, o Cremesp instaurou 51 processos contra Abdelmassih - um para cada suposta vítima de abusos. As apurações prosseguem em relação aos outros 50 casos.
"O doutor Roger já tinha pedido a exclusão de seu nome dos quadros da medicina. Me parece uma decisão inócua e que caracteriza a perseguição do Cremesp", disse o criminalista José Luís Oliveira Lima, que defende Abdelmassih.
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