segunda-feira, 26 de julho de 2010

Pai que fugiu com filha para o Líbano não saiu de avião do Brasil, diz PF



Informação é da assessoria de imprensa da Polícia Federal em SP.
Mãe da garota quer processar o Estado por deixar a garota sair do Brasil.

A assessoria de imprensa da Polícia Federal em São Paulo informou no fim da tarde desta segunda-feira (26) que não há registro de que Pedro Boutros Boutros, pai de Gabriela, de 6 anos, tenha saído do Brasil de avião. Pelo menos com o nome dele, não haveria essa confirmação da viagem. A suspeita é que ele possa ter passado a fronteira de um país vizinho para fugir com a criança até o Líbano.
Em nota, a PF informou que "Gabriela ingressou no Líbano em 18 de março deste ano, acompanhada de seu genitor, Pedro." Além disso, orientou Cláudia Dias de Carvalho Boutros, mãe da menina, a formalizar um pedido na Secretaria de Direitos Humanos, em Brasília, a fim de reaver a garota.
Ainda nesta segunda, o advogado de Cláudia disse que entrará com um pedido de indenização contra o Estado e contra o pai da garota, que é comerciante de origem libanesa. Segundo José Beraldo, houve negligência da Polícia Federal em deixar a criança sair do país sem passaporte, já que o documento de Gabriela está nas mãos da mãe.
“É uma criança de 6 anos, logo, ela não poderia deixar o país sem autorização judicial”, disse Beraldo, mais cedo. Segundo ele, será pedida uma indenização de R$ 1 milhão contra o Estado e mais R$ 1 milhão contra o comerciante libanês. “Ao Pedro, pelo sofrimento causado à Cláudia, por ficar sem a criança”, explicou o advogado.
Na coletiva, Cláudia disse que está disposta a viajar para tentar localizar a filha. “Conheço os familiares dele que moram no Líbano e eu tenho coragem de ir até lá”, disse Cláudia. Ela confirmou que para obter informações sobre os passos de Boutros – que teria passado por Foz do Iguaçu, no Paraná – se passou por uma outra pessoa pelo MSN.
De acordo com Claudia, depois da separação, o ex-marido a perseguia e a impedia de se estabelecer profissionalmente nos últimos dois anos. "Ele me perseguia onde eu estivesse trabalhando. Ele fazia um meio para que eu fosse mandada embora", afirma Claudia, que atualmente é dona de casa.
Beraldo afirmou que irá tomar as medidas necessárias para tentar trazer a criança de volta. “Nossa esperança é que seja expedida um carta rogatória para que o Líbano a cumpra e devolva a criança à mãe”, afirmou. O advogado explicou que que a carta rogatória é um dispositivo legal que vai permitir o estabelecimento de contato direto entre o consulado dos dois países.
Pela manhã, Claudia esteve na sede da Polícia Federal, na Zona Oeste de São Paulo, dizendo ter pistas do paradeiro do seu ex-marido. E foi surpreendida com a notícia. "Não estou conseguindo nem falar. Foi muito difícil receber a notícia de que ela não está mais no Brasil. O Pedro está rindo de mim. O Pedro está rindo da polícia", afirmou, chorando muito.
O libanês Pedro Boutros Boutros foi incluído na lista de procurados da Interpol por subtração de incapaz. Separado há dois anos de Claudia, ele visitava a filha, Gabriela, a cada 15 dias. No dia 12 de março, a garota foi levada pelo pai e nunca mais voltou. O boletim de ocorrência foi registrado no dia 17 de março.


G1

3 comentários:

  1. Só a polícia não sabia que ele ia sair pelo Paraguai e ir pro país daquele maluco.
    De lá tudo mais fácil.

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  2. O que esta apparecendo que a Claudia estava esperando a noticia dele que o pai nao esta mais no Brasil para pedir indenização milhonaria

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  3. Casar com estrangeiro é isso que dá, tem qque pensar antes de fazer filho, porque não casam com brasileiro, aqui tem homens lindos

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