segunda-feira, 26 de julho de 2010

Polícia de SP deve concluir inquérito do caso Mércia nesta semana



Investigação será encaminhada à Justiça.
Principal suspeito do crime, ex-namorado de Mércia nega envolvimento.

A Polícia Civil de São Paulo deve finalizar nesta semana o inquérito sobre a morte da advogada Mércia Nakashima, que desapareceu no dia 23 de maio em Guarulhos, na Grande São Paulo. Também nesta semana, o inquérito deve ser entregue à Justiça.
O principal suspeito do crime é o advogado e policial militar aposentado Mizael Bispo de Souza, que nega o crime. Para a polícia, ele matou Mércia por ciúmes. O corpo e o carro da advogada foram encontrados em uma represa em Nazaré Paulista, no interior do estado.
Outro suspeito de participação na morte da advogada é o vigia Evandro Bezerra da Silva, que foi preso no dia 9 de julho em Sergipe. Ele é suspeito de ter ajudado na fuga do policial militar aposentado, como chegou a afirmar em depoimento.
Entretanto, em carta ao G1, ele voltou atrás e disse que isso jamais aconteceu. Afirmou ainda que acusou Mizael de matar Mércia por ciúmes porque foi torturado pela polícia de Sergipe. O órgão no Nordeste nega a agressão. A defesa do vigia já entrou com habeas corpus e aguarda a análise do pedido.
Tanto Mizael quanto Evandro já foram indiciados pela Polícia Civil paulista. O Ministério Público já afirmou que vai denunciar o policial militar aposentado à Justiça. Ambos querem pedir a prisão preventiva para que ele fique preso até um eventual julgamento.

Defesa de Mizael
Em entrevista ao G1, Mizael se disse obrigado a viver isolado e a usar um colete à prova de balas por causa de ameaças de morte. “Eu já me sinto preso. A única diferença é que só não estou numa cela", afirmou.
“Eu tenho a minha consciência tranquila que eu não matei Mércia e não matei ninguém. Eu não teria essa coragem”, declarou Mizael. Apesar de acreditar que a investigação da polícia não possui elementos para que a Justiça decrete sua prisão preventiva, o advogado afirmou que, se isso ocorrer, pretende se entregar. “Se for decretada a prisão, eu vou cumprir e entraremos depois com todos os recursos possíveis.”
Quando chegou a ter a prisão temporária decretada pela Justiça, há quase duas semanas, Mizael não se entregou e chegou a ser considerado foragido.

Investigação
Na sexta-feira (23), o delegado Antônio de Olim, que investiga o caso, ouviu mais duas testemunhas: o dono de um chip de celular usado por Mizael no dia da morte de Mércia e o irmão da advogada, Márcio Nakashima.
O dono do chip contou ter vendido o celular para outra pessoa, e disse não saber como o número chegou a Mizael. O advogado disse anteriormente em depoimento ter comprado o chip em uma loja. Com o número, ele ligou 16 vezes para Evandro no dia do crime.
Já Márcio foi convocado para esclarecer uma hipótese levantada pela defesa de Mizael, que disse que a advogada poderia ter sido morta por um suposto envolvimento com tráfico de drogas – já que seu carro foi apedrejado antes do crime. O irmão de Mércia afirmou que o carro foi danificado por crianças que brigaram por causa de pipas, e que outros veículos também foram atingidos.


G1

Um comentário:

  1. Os advogados desses últimos caso es´~ao se preparando pra trabalhar em alguma comédia barata ou em algum circo.
    Suas defesas são cômicas.
    ô turma daí de cima já passou da hora de mudar essas leis ultrapassadíssimas e que ajudam a impunidade.
    Acho que só farão algo quando as famílias deles forem atingidas.

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