quinta-feira, 29 de julho de 2010

Promotor dá parecer contrário a liberdade de Bruno e contesta lista de testemunhas


Defesa chama Zico, Adriano e até Eliza para depor

O promotor Eduardo Paes, da 1ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, deu parecer contrário nesta quinta-feira (29) ao pedido de liberdade feito à Justiça pela defesa do goleiro Bruno Fernandes, preso sob suspeita de envolvimento no sumiço e morte de sua ex-amante Eliza Samudio. Além de se manifestar contra a liberação do goleiro, Paes entregou uma contestação à Justiça da lista de 16 testemunhas listadas pelo advogado Ércio Quaresma, que defende o jogador.
- Entreguei hoje [a contestação e o parecer]. Ele [advogado] arrolou pessoas que não têm ligação com o caso. Até a própria Eliza, demostrando mau gosto e achincalhe à família da vítima.
No processo sobre sequestro e agressão em outubro de 2009 contra a ex-amante do atleta, Eliza, a defesa indica, além da própria jovem, que está desaparecida desde o início de junho e é considerada morta pela Polícia Civil de Minas Gerais; o pai dela, Luiz Carlos Samudio, que vive em Foz do Iguaçu (PR); Zico, que é diretor de futebol do Flamengo; Patricia Amorim, que é presidente do clube; e os atacantes Wagner Love e Adriano.
A 1ª Vara Criminal de Jacarepaguá recebeu o pedido de liberdade de Bruno e encaminhou para que o promotor desse seu parecer sobre a solicitação.
De acordo com o promotor, no pedido de liberdade o advogado do goleiro pede o endereço de amigas e do pai de Eliza, o que, para ele, representa perigo para essas testemunhas. Ele diz que Bruno é perigoso e não pode ser solto.
- Escrevi 31 laudas onde justifico que ele é perigoso. Ele [advogado] pede o endereço de amigas e do pai de Eliza. É de estranhar. Porque, se o Bruno é libertado põe em risco [essas pessoas].
Paes também diz que o fato de o advogado chamar Adriano, que atualmente joga na Itália, pode ser uma tentativa de atrasar o processo, já que o jogador teria de ser ouvido por meio de precatórias enviadas àquele país.
-Isso faria o processo demorar.
Eliza lutava para que Bruno reconhecesse a paternidade do filho dela, que nasceu em fevereiro. Ela o havia denunciado ainda quando estava grávida por agressão e tentativa de aborto.
Bruno, a ex-mulher dele, o melhor amigo e outras cinco pessoas estão presas há quase um mês suspeitas do desaparecimento da jovem. Um menor de 17 anos, primo de Bruno e que revelou detalhes do suposto crime, está detido. Ele já mudou a versão quatro vezes. Todos alegam inocência.
O bebê de Eliza está com a avó materna no Mato Grosso do Sul.


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