segunda-feira, 22 de junho de 2009

Manaus enfrenta segunda maior cheia de sua História

MANAUS - A cidade de Manaus enfrenta a segunda maior cheia de sua história. Neste fim de semana, a cota do Rio Negro chegou a 29,62 metros - a menos de um centimetro da maior marca registrada, em 1953. As água do Rio Negro continuam a subir. Nas áreas alagadas, passarelas de madeira servem para o acesso dos moradores. A Prefeitura de Manaus distribuiu kits de tábuas e pregos para a população elevar o piso de suas casas e colocar móveis fora do alcance das águas.
Luiz Carlos Freitas, que trabalha como porteiro, mora num lugar onde ainda não foram feitas passarelas e precisa andar na água para ir trabalhar.
- Venho com calção de casa, com minha roupa pendurada. Tenho um amigo que mora ali em cima. Troco de roupa na casa dele e vou trabalhar. Na volta, faço a mesma coisa - conta o porteiro Luiz Carlos Freitas.
Ao todo, 18 mil pessoas foram atingidas pela cheia em Manaus, segundo números da Defesa Civil do município. Várias famílias não quiseram ir para abrigos públicos.
Na Ponta Negra, uma das principais áreas de lazer da cidade, as praias sumiram com a cheia. A água invadiu a rua.
As águas do Rio Negro arrasta para as ruas e para dentro das casas o lixo acumulado nos igarapés. A Prefeitura de Manaus anunciou a retirada de 6 toneladas de lixo em maio.
De acordo com o Serviço Geológico do Brasil, a cheia desse ano é provocada por uma coincidência. A elevação de dois grandes rios ocorre ao mesmo tempo: o Rio Solimões que está no período final de cheia, ainda não iniciou sua vazante. Normalmente, ele represa o Rio Negro, que, este ano, continua a receber muita água da chuva que cai no Hemisfério Norte.
O alerta foi feito pelo Serviço Geológico do Brasil em abril.



O Globo On Line

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