Um homem turco radicado na Grã-Bretanha foi condenado a pelo menos 22 anos de prisão pelo assassinato de sua filha de 15 anos, que mantinha uma relação amorosa com um homem com a qual sua família não concordava.
Tulay Goren desapareceu em janeiro de 1999 após iniciar um relacionamento com um colega de trabalho 15 anos mais velho e de uma corrente diferente do islamismo que sua família.
O corpo da adolescente, que teria dito a uma amiga que estava grávida pouco antes de desaparecer, nunca foi encontrado.
Durante o julgamento o promotor Jonathan Laidlaw disse que Mehmet Goren, de 49 anos, matou a filha adolescente “para restaurar a chamada honra da família”, mas advertiu que o termo “honra” é uma “maneira espantosa e inapropriada” para “dignificar” o crime.
Dois tios da adolescente, Cuma Goren, de 42 anos, e Ali Goren, de 55, que eram acusados de conspirar com Mehmet para assassiná-la, foram absolvidos.
Os três foram ainda absolvidos da acusação de conspirar para assassinar o namorado de Tulay, Halil Unal, entre maio de 1998 e fevereiro de 1999. Mehmet já havia cumprido três anos de prisão por um ataque frustrado a Unal 13 dias após o desaparecimento da filha.
A acusação contou com a ajuda da mãe da adolescente, Hanim, que testemunhou contra o marido.
‘Personalidade violenta’
O juiz do caso disse que as tentativas de Goren de se caracterizar como “um homem de família moderno e iluminado” não convenceram o júri.
“A realidade é que seu sorriso enigmático esconde uma personalidade dominadora e violenta”, disse ele ao assassino.
“Sua mulher, Hanim, finalmente teve a coragem de se libertar da dominação e de revelar o que ela sabia sobre o que você fez em janeiro de 1999”, afirmou o juiz.
Segundo ele, Goren dispôs do corpo da filha “com tal engenhosidade que ele talvez nunca seja encontrado”.
“Não há nada honroso em uma prática tão horrenda ou sobre as pessoas que a praticam”, disse.
Beijo de adeus
Segundo o relato ouvido pelo júri, Mehmet Goren pediu no dia 7 de janeiro de 1999 ao filho Tuncay que desse um beijo de adeus à irmã Tulay na casa da família no norte de Londres, porque ele não a veria mais.
Mehmet seria contrário ao relacionamento da filha com Halil Unal, então com 30 anos, a quem ela havia conhecido na fábrica em que foi fazer um estágio.
Segundo o relato ao tribunal, Unal é um muçulmano sunita, enquanto a família Goren é da comunidade muçulmana alevi.
Apesar das diferenças, as duas famílias eram originárias de duas localidades na Turquia distantes apenas cerca de cem quilômetros uma da outra.
Suspeitas
Apesar da prisão de Mehmet pelo ataque a Unal, a polícia só começou a suspeitar do pai sobre o desaparecimento da filha dois meses após o crime.
Durante o julgamento, a mãe da adolescente, Hanim, de 45 anos, gritou com o marido e pediu que ele conte o que fez com a filha.
A irmã mais velha de Tulay, Nuray, de 28 anos, também pediu ao pai que conte à família onde a garota foi enterrada.
“Para o meu pai, eu tenho apenas um pedido. Peço que ele finalmente revele onde está minha irmã”, afirmou Nuray.
“Eu acordo todas as noites imaginando onde Tulay pode estar. Em momentos mais tranquilos durante o dia, fico me perguntando se ela sofreu ou se sabia o que a esperava”, disse.
Tulay Goren desapareceu em janeiro de 1999 após iniciar um relacionamento com um colega de trabalho 15 anos mais velho e de uma corrente diferente do islamismo que sua família.
O corpo da adolescente, que teria dito a uma amiga que estava grávida pouco antes de desaparecer, nunca foi encontrado.
Durante o julgamento o promotor Jonathan Laidlaw disse que Mehmet Goren, de 49 anos, matou a filha adolescente “para restaurar a chamada honra da família”, mas advertiu que o termo “honra” é uma “maneira espantosa e inapropriada” para “dignificar” o crime.
Dois tios da adolescente, Cuma Goren, de 42 anos, e Ali Goren, de 55, que eram acusados de conspirar com Mehmet para assassiná-la, foram absolvidos.
Os três foram ainda absolvidos da acusação de conspirar para assassinar o namorado de Tulay, Halil Unal, entre maio de 1998 e fevereiro de 1999. Mehmet já havia cumprido três anos de prisão por um ataque frustrado a Unal 13 dias após o desaparecimento da filha.
A acusação contou com a ajuda da mãe da adolescente, Hanim, que testemunhou contra o marido.
‘Personalidade violenta’
O juiz do caso disse que as tentativas de Goren de se caracterizar como “um homem de família moderno e iluminado” não convenceram o júri.
“A realidade é que seu sorriso enigmático esconde uma personalidade dominadora e violenta”, disse ele ao assassino.
“Sua mulher, Hanim, finalmente teve a coragem de se libertar da dominação e de revelar o que ela sabia sobre o que você fez em janeiro de 1999”, afirmou o juiz.
Segundo ele, Goren dispôs do corpo da filha “com tal engenhosidade que ele talvez nunca seja encontrado”.
“Não há nada honroso em uma prática tão horrenda ou sobre as pessoas que a praticam”, disse.
Beijo de adeus
Segundo o relato ouvido pelo júri, Mehmet Goren pediu no dia 7 de janeiro de 1999 ao filho Tuncay que desse um beijo de adeus à irmã Tulay na casa da família no norte de Londres, porque ele não a veria mais.
Mehmet seria contrário ao relacionamento da filha com Halil Unal, então com 30 anos, a quem ela havia conhecido na fábrica em que foi fazer um estágio.
Segundo o relato ao tribunal, Unal é um muçulmano sunita, enquanto a família Goren é da comunidade muçulmana alevi.
Apesar das diferenças, as duas famílias eram originárias de duas localidades na Turquia distantes apenas cerca de cem quilômetros uma da outra.
Suspeitas
Apesar da prisão de Mehmet pelo ataque a Unal, a polícia só começou a suspeitar do pai sobre o desaparecimento da filha dois meses após o crime.
Durante o julgamento, a mãe da adolescente, Hanim, de 45 anos, gritou com o marido e pediu que ele conte o que fez com a filha.
A irmã mais velha de Tulay, Nuray, de 28 anos, também pediu ao pai que conte à família onde a garota foi enterrada.
“Para o meu pai, eu tenho apenas um pedido. Peço que ele finalmente revele onde está minha irmã”, afirmou Nuray.
“Eu acordo todas as noites imaginando onde Tulay pode estar. Em momentos mais tranquilos durante o dia, fico me perguntando se ela sofreu ou se sabia o que a esperava”, disse.
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