terça-feira, 12 de janeiro de 2010

520 milhões saem da pobreza extrema em 24 anos no mundo, diz Ipea


Cerca de 520 milhões de pessoas deixaram de viver na extrema pobreza entre 1981 e 2005, uma redução de 27,4% no período. Ao todo, 1,896 bilhão sobreviviam com até US$ 1,25 por dia, em 1981, enquanto que, em 2005, o número caiu para 1,377 bilhão. Os dados foram divulgados nesta terça-feira pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), no estudo sobre "Pobreza, desigualdade e políticas públicas".
Considerando o período de 1999 a 2005, a queda foi de 18,8%. Segundo o Ipea, a expansão da China teve impacto importante sobre este resultado.
O levantamento, que considera seis regiões do mundo, mostra que 755,3 milhões de moradores do Leste Asiático e do Pacífico deixaram a condição no período, além de outros 2,7 milhões de habitantes do Oriente Médio e da África do Norte.
Já nas demais regiões avaliadas, houve acréscimo de pessoas vivendo nestas condições. Na África Subsaariana o aumento foi de 176,9 milhões, 47,3 milhões no sul da Ásia, 10,2 milhões na Europa do Leste e Ásia Central e 4,1 milhões na América Latina e no Caribe.

Distribuição da pobreza
O mapa da pobreza mudou entre 1981 e 2005, aponta a pesquisa do Ipea. Enquanto que, no primeiro período, o Leste Asiático e Pacífico era o campeão no ranking de pessoas nestas condições, em 2005, passou a ocupar a posição o Sul da Ásia e a Índia, com 43,3% do total de pessoas extremamente pobres.
Em seguida aparecem a África Subsaariana (28,4%), o Leste Asiático e Pacífico (23%), a América Latina e o Caribe (3,4%), a Europa do Leste e Ásia Central (1,3%) e o Oriente Médio e África do Norte (0,8%).

Desigualdade de renda
Os países que lideram o aumento na desigualdade de renda são os asiáticos Paquistão e a Indonésia, com acréscimo de 24,3% e 21,2%, respectivamente, entre 2000 e 2005. Considerando o período de 1995 a 2000 os campeões são a Romênia (30,5%) e a Armênia (27,6%).
Na América Latina e Caribe, aumentaram a desigualdade no período países como a Costa Rica (3,1%) e Uruguai (1,6%) entre 2000 e 2005. O Brasil reduziu em 4,5% neste período, e em 1% entre 1995 e 2000.
Também houve aumento das diferenças em nações desenvolvidas. Os principais casos são, entre 2000 e 2005, a Itália (10,7%), Portugal (9,5%), Inglaterra (7,9%), Alemanha (5,7%) e Espanha (1,6%). Já a França teve decréscimo de 0,7%.
O pior quadro entre essas nações é dos Estados Unidos, que elevou as diferenças em 6,5% entre 1995 e 2000, e em 1,5% entre 2000 e 2005.



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