quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Atendimento em casa para idosos

José Estevão da Silva Filho será beneficiado pelo Projeto Padi. Foto: Alexandre Vieira/Agência O Dia
Pacientes da terceira idade de 18 regiões do Rio passarão a receber visita de médicos, fisioterapeutas, nutricionistas e fonoaudiólogos

POR PÂMELA OLIVEIRA

Rio - Médicos, fisioterapeutas, nutricionistas e fonoaudiólogos atenderão pacientes idosos em casa. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o projeto piloto que já existe na Ilha do Governador será expandido para outras 18 regiões da cidade até 2012.
Até o fim da semana, será publicado o edital de licitação para contratação da Organização Social (OS) responsável pela contratação de profissionais. Em até 70 dias, o programa começará a funcionar na região do Grande Méier, que inclui Inhaúma, Del Castilho, Piedade, Abolição, Engenho Novo e Lins. Moradores de Copacabana, Tijuca, Sepetiba, Bangu e Paciência também serão beneficiados ainda este ano.
“O objetivo é facilitar a desospitalização do idoso que está internado e que já não precisa de cuidados clínicos, mas ainda depende de um suporte fisioterápico ou nutricional, por exemplo. Isso é bom para o idoso que vai sair do hospital e eliminar uma série de riscos, como o de infecções urinárias e problemas respiratórios. Além disso, o idoso em casa tem menos risco de depressão, que é muito comum em pacientes internados por longos períodos”, afirma o secretário municipal de Saúde, Hans Dohmann. “É bom para o idoso e para os hospitais, que ficam com mais leitos disponíveis”.

BENEFÍCIOS
Segundo Dohmann, as primeiras equipes do Programa de Atenção Domiciliar do Idoso (Padi) terão sede no Hospital Salgado Filho, no Méier. Depois, o programa, que até 2012 pretende fazer 60 mil atendimentos por ano, será levado aos pacientes internados no Souza Aguiar e Miguel Couto.
Antes mesmo de o paciente receber alta, já terá começado o trabalho da equipe — que terá no mínimo um médico, um enfermeiro, um fisioterapeuta, um técnico e um auxiliar de enfermagem.
“Os profissionais irão à casa do paciente para tentar fazer alterações, de acordo com a realidade da família, que possam facilitar o idoso. Vão verificar se o banheiro tem um suporte de apoio e se é possível fazer um. Em casas em que a distância entre a cama e o banheiro for muito longa, eles podem propor, por exemplo, que se coloque uma cadeira para que o idoso descanse. Podem propor a mudança de posição de uma cama”, explica Dohmann.
O aposentado José Estevão da Silva Filho, de 83 anos, está internado no Hospital Souza Aguiar, no Centro, desde 17 de dezembro. Com feridas nas pernas causadas por infecção da pele, ele precisa de antibiótico diariamente. Morador da Ilha, José acredita que o Padi possibilitará a recuperação mais rápida, pois poderá contar com o apoio e carinho da família. “Com este programa não precisarei ficar no hospital. Poderei estar perto da família e ficaria bom mais rápido”, afirmou o idoso.

Meta inclui recuperação e mais qualidade de vida
Fazem parte do perfil de pacientes beneficiados pelo Padi portadores de doenças crônicas, vítimas de AVC, fratura de fêmur e outros traumas, e idosos que se recuperam de cirurgias. Além da recuperação, a meta é que possam ser incluídos em programas como ginástica para terceira idade.
“Muitas vezes, o idoso fica sozinho em casa. Queremos que o paciente se recupere e tenha qualidade de vida. Se tiver uma academia da terceira idade perto da casa dele, por exemplo, ele será encaminhado quando estiver em condições”, acrescenta Dohmann. Segundo ele, atividades como essa também diminuem o risco de reinternação.


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