sábado, 16 de janeiro de 2010

Gangue aterroriza Grajaú


Jovens de quatro bairros marcam briga pela Internet, espancam adolescente de 15 anos que passava pelo local e promovem quebra-quebra nas ruas próximas à Praça Edmundo Rêgo

Rio - Pelo menos 100 jovens de classe média, usando roupas de grife, ligados a gangues de quatro bairros — Méier, Cachambi, Lins de Vasconcelos e Engenho Novo —, espalharam pânico, violência e vandalismo em cinco ruas do Grajaú, na Zona Norte, na noite de quinta-feira. Segundo a polícia, eles marcaram, por sites de relacionamentos da Internet, um confronto na Praça Edmundo Rêgo com rapazes que moram no bairro, mas que acabaram não comparecendo porque começou a chover.
Por volta de 20h30, irado, o bando, armado com pedras, pedaços de paus com pregos, morteiros, bombas de fabricação caseira e socos ingleses, se dividiu em vários grupos e, gritando palavras de ordem, passou a depredar carros, lixeiras, canteiros e luminárias. Algumas pessoas foram agredidas, entre elas, um adolescente de 15 anos, que foi roubado e espancado. Parte do comércio do bairro fechou as portas. Vinte e quatro agressores, entre eles nove menores, foram detidos por policiais do 6º BPM (Tijuca), acionados por moradores apavorados.
“Moro há 20 anos aqui e nunca tinha visto algo parecido. A invasão parecia coisa de filme. Ficamos aterrorizados com os gritos. A impressão que dava é que invadiriam os prédios também”, disse o aposentado J., de 67 anos. Da janela de seu apartamento, J. viu A., 15, ser violentamente espancado no meio da rua.
“Tinha saído para comprar pão e, de repente, percebi cerca de 60 pitboys correndo em minha direção, aos gritos de ‘é ele, é ele’. Por uns três minutos, levei chutes, pontapés e pauladas. Me salvei porque os PMs chegaram, e eles saíram correndo, levando um cordão de ouro”, contou A.. Com escoriações e cortes na cabeça, ele teve de ser medicado no Hospital do Andaraí.

Acusados foram liberados
Depois de depor, os acusados foram liberados. O delegado Marco Castro os autuou por crime de rixa. O caso será levado ao Juizado Especial Criminal e à Vara da Infância e da Juventude. As penas costumam ser convertidas em medidas socioeducativas e distribuição de cestas básicas a entidades carentes. Se a prefeitura registrar a destruição de lixeiras, os acusados podem responder por dano a patrimônio público.

Francisco Édson Alves e Charles Rodrigues


Um comentário:

  1. tem e que pegar todos eles e colocar pendurado no pau de arara e dar uma coça de fio e depois colocar para varrer a rua escrito na camisa eu sou desordeiro,cruel,infeliz,psicopata,não tenho amor por nada.igual ao controle de rastriador nos pes dos detentos.

    ResponderExcluir

Verbratec© Desktop.