segunda-feira, 1 de março de 2010

Bombeiros depõem a portas fechadas sobre morte da turista alemã

Testemunhas que teriam ajudado a socorrer a família da vítima foram ouvidas no Comando de Bombeiros da Região Metropolitana do Recife, nesta segunda

Após ouvir o depoimento de quatro bombeiros nesta segunda-feira (1º), a polícia afirma que está muito perto de concluir o inquérito que investiga a morta de turista alemã Jeniffer Marion Nadja Kloker, de 23 anos, morta na noite da terça-feira de Carnaval. Um dos delegados que investigam o caso garantiu que o desfecho do caso deve sair antes mesmo do prazo previsto para a conclusão do inquérito, que é no dia 22 de março.
O delegado Alfredo Jorge, um dos responsáveis pelas investigações, ouviu três soldados e um sargento do Corpo de Bombeiros do Segundo Grupamento de Incêndio de Paratibe, da cidade de Paulista. Na noite da Terça-Feira de Carnaval, data do assassinato da alemã, os quatro voltavam de uma operação no município de São Lourenço da Mata e encontraram, às margens da BR-408, quatro pessoas pedindo ajuda, que seriam Pablo e Ferdinando Tonneli, o filho de Jennifer de três anos e a sogra dela, Delma Freire.


Como o pneu do carro dos bombeiros estava furado, nada puderam fazer para ajudar e, pelo rádio, pediram apoio da Polícia Militar. Nem o delegado Alfredo Jorge, nem representantes do Corpo de Bombeiros quiseram falar sobre os depoimentos.
A polícia espera que os depoimentos ajudem a descobrir o que realmente aconteceu na noite do crime. A versão da família é de que Jennifer Kloker foi morta num assalto, mas o sogro e do viúvo da turista alemã acabaram presos, na semana passada. Os peritos encontraram resíduos de chumbo nas mãos dos dois, o que aumentou a suspeita de que eles teriam atirado. O sogro e o viúvo estão presos na Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), que fica no Recife.


DELMA FREIRE
A sogra da turista alemã, Delma Freire, foi nesta segunda-feira, à sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) acompanhada do advogado Ela queria autorização para visitar o filho e o marido, Pablo e Ferdinando Tonelli, presos numa cela especial do DHPP.
Delma ficou mais de duas horas sentada numa sala. Ela chegou a tomar alguns remédios enquanto aguardava, mas a visita não foi liberada. Delma foi embora sem dar entrevistas.
Segundo o advogado, ela tentou ainda conversar com o delegado Alfredo Jorge, responsável pelo caso, para confirmar a informação de que poderia ser presa. A polícia suspeita do envolvimento de Delma Freire no assassinato da turista alemã. Jeniffer Kloker, de 23 anos.
A polícia diz que até agora não pediu à Justiça a prisão temporária de Delma Freire porque não há indícios que levem a isso. Mais tarde, em outro local, Delma Freire concordou em conversar com a equipe de reportagem da Rede Globo. Ela falou das investigações e disse que ela, o filho e o marido são inocentes, mas que acha normal o fato da polícia suspeitar de todos eles.
“É normal, é um trabalho. É normal, todo mundo é tudo e todos é uma hipótese. É um suspeito, porque ela é estrangeira, se ela fosse uma brasileira, como eu e você, esse caso já tinha sido encerrado.”
Sobre a possível adoção do neto, ela descarta e diz que é uma notícia falsa.
“Essa notícia é mentirosa, porque o meu neto tem pai e tem avó. Isso não existe, eu não temo por isso...eu quero que meu neto fique comigo, com a nossa família,com o pai. Nossa família tem condições de ficar com ele”, explica.
Delma falou ainda sobre a possibilidade de ser presa por envolvimento no crime. “Surgiram os comentários que tinha um mandado de prisão contra mim, então eu compareci até lá para saber se realmente isso é verdade, porque eu quero esclarecer através da Justiça da polícia não através de jornalismo, porque jornalismo cada um fala alguma coisa.”
Ela confirmou ainda que estava presente na cena do crime. “Estava. Estava presente junto com o meu neto. Presenciei tudo o que eu comuniquei a policia”, explica. Delma negou ainda a versão de quem Jeniffer teria sido morta por Ferdinando e de que teria parado na casa de um parente no bairro do Curado. “Essa versão não existe. Não, não parei na casa de ninguém no curado.

CONFIRA OUTROS TRECHOS DA ENTREVISTA

SEGURO DE VIDA EM NOME DE FERDINANDO
Se existe esse seguro de vida eu não estou sabendo

MORADIA NA ITALIA
Eu moro na minha casa e morava na casa deles, tanto faz estar na minha casa ou na casa deles, vivia mais com eles em Coriano.

O RELACIONAMENTO DA JENIFFER
Normal, relacionamento normal. Com Pablo também era normal, a ponto deles terem vindo para o Brasil para voltar pra Alemanha para casa da família dela, comemorar o aniversario do filho dela, fazer a comemoração lá. A família dela, a mãe, a irmã, a família dela passava meses e meses lá em casa sem nenhum problema.

ELES TERIAM ALGUM MOTIVO PARA ASSASSINAR SUA NORA?
Não, não, quem assassinou minha nora eu não sei dizer porque.

A SENHORA ESTÁ COM A CONSCIENCIA TRANQUILA DE QUE NÃO PARTICIPOU EM MOMENTO ALGUM DESSE ASSASSINATO?
Eu estou tranquila, como também estou tranquila de que meus filho não tem nada a ver.

COMO A SENHORA SE SENTE?
Me sinto triste, não é? Como qualquer ser humano se sentiria. Não sou eu, como mãe, como sogra, como avó, até como os próprios vizinhos, que são amados por mim, todos da minha família estão sentindo muito. Eu desejo que seja tudo resolvido, tudo esclarecido, estou muito preocupada com a situação de Ferdinando...a medicação dele não tem aqui, ele tem que fazer um controle de 3 a 4 dias e estou muito preocupada com ele. Ele entende ou fala muito pouco português e não teve acesso a um interprete italiano.

CHUMBO NAS MÃOS
Isso eu não acredito porque no dia que foi feito esses exames eu também estava presente, inclusive uma pessoa da família da gente fez também esse exame. Se esse exame deu positivo, por que não deram voz de apreensão na hora? Eu não entende de Justiça, mas é o que eu penso, porque eu cheguei em casa as 3h da manhã, pessoas que não tinha nada a ver da família fizeram esse exame. Cadê esse corpo de bombeiro que me deu socorro, cadê esse caminhoneiro que viu quando a gente estava gritando correndo na rua?

COMO ESTÁ O SEU NETO?
está muito bem, brincando, em contato com as crianças. Muito bem.

ELE CHAMA PELA MÃE?
Não. Chama mais pelo pai.

A polícia não quis comentar a entrevista de Delma Freire.

Fotos: reprodução/TV Globo


Um comentário:

  1. A morte é pouco para esta assasina e filho e marido, é bom ser banido da terra esse monte de lixo que não serve nem para reciclar, cadeia é muito pouco, ou melhor é nada pro que fizeram.

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