Prestar atenção ao seu ritmo. É esse o primeiro passo do 8 Weeks Course to Slow Down Your Life (Curso de Oito Semanas para Desacelerar sua Vida), promovido pelo braço londrino do movimento Slow. O Slow Down Londres fornece, via e-mail, tarefas que o participante pode facilmente incorporar à sua rotina diária – a meta é frear a correria do dia a dia.
Não significa ser devagar o tempo todo, afirma Tessa Watt, diretora do Slow Down Londres. Ela ressalta, porém, que muitas pessoas adquirem o hábito de correr mesmo quando não é necessário.
A primeira edição do curso, que custa 20 euros (cerca de R$ 60), começou em janeiro e se estende até a metade de março. As "aulas" incluem as chamadas instruções slow, com tarefas diárias e semanais para reduzir o ritmo, dicas de lugares para curtir melhor a cidade e encontros para troca de experiências entre os integrantes do clube.
Na dica de aventura, por exemplo, o curso convida a pessoa a fazer algo novo em Londres, como ir a jardins secretos ou galerias de arte. No último caso, a ideia não é percorrer ansiosamente os corredores de um museu, e sim apreciar uma única obra de arte por um bom tempo.
– Encorajamos as pessoas a encontrar momentos de redução de ritmo. Se tudo corre numa velocidade alucinante, ficamos estressados e doentes – ressalta Tessa.
Ao encontrar momentos para respirar, as pessoas passam a apreciar o gosto da comida, a beleza de prédios e árvores e uma boa conversa com amigos. O objetivo do clube é reviver a capacidade da pessoa de apreciar e desfrutar de momentos prazerosos.
Uma boa dica do movimento Slow Down Londres é trocar, vez que outra, a eficiência e a rapidez dos supermercados por feiras locais, não necessariamente de produtos orgânicos. A ideia é passar pelas áreas de degustação e provar produtos que nem sempre você vai comprar para ter em casa – até por conta do preço –, mas que podem ser fonte de prazer na hora de provar.
Outra vantagem dessas feiras é o contato humano. É bom entrar em uma conversa com um homem em uma barraca que criou uma cabra para produzir o queijo que você está comprando e sabe que você está contribuindo para o seu sustento.
Saiba mais:
Não significa ser devagar o tempo todo, afirma Tessa Watt, diretora do Slow Down Londres. Ela ressalta, porém, que muitas pessoas adquirem o hábito de correr mesmo quando não é necessário.
A primeira edição do curso, que custa 20 euros (cerca de R$ 60), começou em janeiro e se estende até a metade de março. As "aulas" incluem as chamadas instruções slow, com tarefas diárias e semanais para reduzir o ritmo, dicas de lugares para curtir melhor a cidade e encontros para troca de experiências entre os integrantes do clube.
Na dica de aventura, por exemplo, o curso convida a pessoa a fazer algo novo em Londres, como ir a jardins secretos ou galerias de arte. No último caso, a ideia não é percorrer ansiosamente os corredores de um museu, e sim apreciar uma única obra de arte por um bom tempo.
– Encorajamos as pessoas a encontrar momentos de redução de ritmo. Se tudo corre numa velocidade alucinante, ficamos estressados e doentes – ressalta Tessa.
Ao encontrar momentos para respirar, as pessoas passam a apreciar o gosto da comida, a beleza de prédios e árvores e uma boa conversa com amigos. O objetivo do clube é reviver a capacidade da pessoa de apreciar e desfrutar de momentos prazerosos.
Uma boa dica do movimento Slow Down Londres é trocar, vez que outra, a eficiência e a rapidez dos supermercados por feiras locais, não necessariamente de produtos orgânicos. A ideia é passar pelas áreas de degustação e provar produtos que nem sempre você vai comprar para ter em casa – até por conta do preço –, mas que podem ser fonte de prazer na hora de provar.
Outra vantagem dessas feiras é o contato humano. É bom entrar em uma conversa com um homem em uma barraca que criou uma cabra para produzir o queijo que você está comprando e sabe que você está contribuindo para o seu sustento.
Saiba mais:
Movimento Slow
::: O Movimento Slow surgiu na Itália nos anos 2000 com a Slow Food, em contraponto ao fast food, e tem no jornalista e escritor escocês Carl Honoré seu grande ícone.
::: Em 2008, Honoré publicou o livro Devagar – Como um Movimento Mundial Está Desafiando o Culto da Velocidade (Record), que se tornou um best-seller mundial.
::: Honoré prega uma desaceleração do ritmo em todos os setores da vida, como alimentação, trabalho, filhos, lazer, viagem e sexo.
::: Perguntado sobre o futuro da ideia, ele usa o exemplo do feminismo na década de 1960, quando os grandes líderes diziam que não era possível mudar. O escritor pondera que ainda existe um longo caminho a ser percorrido para que se tenha igualdade de gêneros, porém, as mulheres de hoje não podem imaginar o quão limitada era a vida de suas avós.
– A revolução slow será devagar, mas eu acredito que acontecerá – afirma Honoré.
::: O Movimento Slow surgiu na Itália nos anos 2000 com a Slow Food, em contraponto ao fast food, e tem no jornalista e escritor escocês Carl Honoré seu grande ícone.
::: Em 2008, Honoré publicou o livro Devagar – Como um Movimento Mundial Está Desafiando o Culto da Velocidade (Record), que se tornou um best-seller mundial.
::: Honoré prega uma desaceleração do ritmo em todos os setores da vida, como alimentação, trabalho, filhos, lazer, viagem e sexo.
::: Perguntado sobre o futuro da ideia, ele usa o exemplo do feminismo na década de 1960, quando os grandes líderes diziam que não era possível mudar. O escritor pondera que ainda existe um longo caminho a ser percorrido para que se tenha igualdade de gêneros, porém, as mulheres de hoje não podem imaginar o quão limitada era a vida de suas avós.
– A revolução slow será devagar, mas eu acredito que acontecerá – afirma Honoré.
Zero Hora
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