quarta-feira, 3 de março de 2010

Nova técnica de scan de nariz pode ajudar a identificar criminosos

Os rostos foram mapeados por um programa de computador

Cientistas britânicos dizem ter desenvolvido uma técnica de identificação mais eficiente do que escanear a íris ou ler impressão digital: o scan de nariz.

Os pesquisadores da Universidade de Bath escanearam narizes em três dimensões e os classificaram por extremidade, perfil da ponta e área entre os olhos.
Eles identificaram seis tipos de nariz: romano, grego, núbio, falcão, arrebitado e dobrado.
Como o nariz é difícil de esconder, o estudo afirma que esta parte do rosto humano poderia ser usada para identificação em sistemas de vigilância.
Os pesquisadores argumentam que os narizes foram ignorados pelo campo da biometria, estudo que busca identificar características físicas distintas entre as pessoas.
"Narizes são uma característica facial proeminente e ainda assim o seu uso biométrico tem sido amplamente inexplorado", afirmou Adrian Evans, da Universidade de Bath.
"Orelhas vêm sendo examinadas em detalhe, os olhos vêm sendo examinados em termos de reconhecimento da íris, mas o nariz não está sendo explorado".

Scanner
Os cientistas usaram um sistema chamado PhotoFace (Foto da Face, em tradução livre) para o scanner em três dimensões, desenvolvido por pesquisadores da University of the West of England (UWE, na sigla em inglês).
A equipe identificados diversas medidas pelas quais os narizes podem ser reconhecidos e desenvolveu um software baseado nestes parâmetros.
"Não há uma biometria mágica que resolva todos os nossos problemas. A íris é uma ferramenta biométrica poderosa, mas pode ser difícil capturar com exatidão. As pessoas podem também cobrir suas orelhas, com o cabelo por exemplo", disse Evans.
"Claro que você pode ter um nariz quebrado ou usar um nariz falso ou ter uma cirurgia plástica, mas para alterar sua identidade a cirurgia deve ser realmente drástica."
"Nenhum método é infalível", completou o pesquisador.
A pesquisa é baseada no estudo de 40 narizes, mas a base de dados foi agora expandida para 160, com objetivo de realizar testes mais detalhados para avaliar se o software pode selecionar pessoas de um grupo maior e distingui-las de seus parentes.
Evans espera que o método se prove efetivo com o uso desta base de dados expandida. "A técnica claramente tem potencial, talvez para ser usado junto com outro método de identificação", completou o pesquisador.

Doreen Walton


BBC Brasil

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