Médicos no Iraque, denunciaram um grande aumento no número de crianças com defeitos congênitos em Fallujah, que, há seis anos, foi palco de intensas batalhas entre tropas americanas e insurgentes.
Médicos na cidade responsabilizam as armas usadas pelo Exército americano durante a ação militar pelos defeitos congênitos. Segundo uma pesquisadora, agora a incidência de doenças cardíacas entre os recém-nascidos na região é 13 vezes mais alta do que na Europa.
O Exército americano afirma não estar ciente de nenhum relatório oficial demonstrando o aumento dos defeitos congênitos na área, e que leva “muito a sério” as preocupações com saúde pública das populações civis morando em áreas de combate.
O editor de internacional da BBC John Simpson visitou um novo hospital em Fallujah, financiado pelos Estados Unidos, onde a pediatra Samira al-Ani contou que vê entre dois e três casos de defeitos congênitos por dia, principalmente doenças cardíacas.
Simpson também visitou várias crianças na cidade que sofrem de paralisia, lesão cerebral e viu a fotografia de um bebê que nasceu com três cabeças.
Muitos dos moradores também disseram a ele que as autoridades de Fallujah aconselharam as mulheres a não engravidar.
Médicos e pais acreditam que as armas usadas pelo Exército americano durante as lutas contra os insurgentes em 2004 são a causa do problema
Na ocasião, o uso de fósforo branco nas munições do Exército americano foi amplamente condenado.
‘Epidemia’
A pesquisadora iraquiana Malik Hamdam, baseada na Grã-Bretanha, disse à BBC que os médicos em Fallujah estão testemunhando um "alto número e sem precedentes" de problemas cardíacos, e um aumento no número de problemas no sistema nervoso.
Segundo ela, um médico da cidade comparou o número de defeitos congênitos com os dados anteriores a 2003 - quando ela via um caso a cada dois meses - com a situação de agora, em que ela testemunha casos todos os dias.
Hamdam disse que, com base em dados de janeiro deste ano, o índice de defeitos cardíacos congênitos é de 95 a cada mil nascimentos - 13 vezes maior do que a média europeia.
"Vi fotos de bebês nascidos com um olho no meio da testa, com o nariz na testa", acrescentou ela.
Um porta-voz do Exército americano. Michael Kilpatrick, disse que os EUA levam "muito a sério" as preocupações com a saúde pública.
“Nenhum estudo até agora indicou questões ambientais que teriam resultado em questões específicas de saúde”, disse o diretor de comunicações do sistema militar de saúde americano, Michael Kilpatrick.
No entanto, “artigos que não tenham explodido, incluindo bombas caseiras, são um risco conhecido”, disse ele.
Médicos na cidade responsabilizam as armas usadas pelo Exército americano durante a ação militar pelos defeitos congênitos. Segundo uma pesquisadora, agora a incidência de doenças cardíacas entre os recém-nascidos na região é 13 vezes mais alta do que na Europa.
O Exército americano afirma não estar ciente de nenhum relatório oficial demonstrando o aumento dos defeitos congênitos na área, e que leva “muito a sério” as preocupações com saúde pública das populações civis morando em áreas de combate.
O editor de internacional da BBC John Simpson visitou um novo hospital em Fallujah, financiado pelos Estados Unidos, onde a pediatra Samira al-Ani contou que vê entre dois e três casos de defeitos congênitos por dia, principalmente doenças cardíacas.
Simpson também visitou várias crianças na cidade que sofrem de paralisia, lesão cerebral e viu a fotografia de um bebê que nasceu com três cabeças.
Muitos dos moradores também disseram a ele que as autoridades de Fallujah aconselharam as mulheres a não engravidar.
Médicos e pais acreditam que as armas usadas pelo Exército americano durante as lutas contra os insurgentes em 2004 são a causa do problema
Na ocasião, o uso de fósforo branco nas munições do Exército americano foi amplamente condenado.
‘Epidemia’
A pesquisadora iraquiana Malik Hamdam, baseada na Grã-Bretanha, disse à BBC que os médicos em Fallujah estão testemunhando um "alto número e sem precedentes" de problemas cardíacos, e um aumento no número de problemas no sistema nervoso.
Segundo ela, um médico da cidade comparou o número de defeitos congênitos com os dados anteriores a 2003 - quando ela via um caso a cada dois meses - com a situação de agora, em que ela testemunha casos todos os dias.
Hamdam disse que, com base em dados de janeiro deste ano, o índice de defeitos cardíacos congênitos é de 95 a cada mil nascimentos - 13 vezes maior do que a média europeia.
"Vi fotos de bebês nascidos com um olho no meio da testa, com o nariz na testa", acrescentou ela.
Um porta-voz do Exército americano. Michael Kilpatrick, disse que os EUA levam "muito a sério" as preocupações com a saúde pública.
“Nenhum estudo até agora indicou questões ambientais que teriam resultado em questões específicas de saúde”, disse o diretor de comunicações do sistema militar de saúde americano, Michael Kilpatrick.
No entanto, “artigos que não tenham explodido, incluindo bombas caseiras, são um risco conhecido”, disse ele.
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