quinta-feira, 4 de março de 2010

Especialistas de Harvard ensinam como proteger a memória em qualquer idade


RIO - À medida que envelhecemos, percebemos algumas mudanças na nossa capacidade de lembrar fatos, números, nomes, datas. Muitas vezes, em situações corriqueiras, temos um lapso de memória: vamos até a cozinha, mas não sabemos para quê; conversamos com alguém sem lembrar seu nome. Podemos até perder um compromisso por esquecimento. Lapsos de memória podem ocorrer em qualquer idade, mas ficamos mais chateados quando somos mais velhos, temendo que seja um sinal de perda da função intelectual. Mas é importante lembrar que a perda significativa de memória em pessoas mais velhas é um sinal de alguma doença, e não de algo natural à idade.
As pequenas falhas que temos na memória decorrentes da idade são consequência de mudanças normais que ocorrem no cérebro e podem deixar mais lentos alguns processos cognitivos, tornando um pouco mais difícil aprender coisas novas rapidamente. Mas graças a décadas de estudos, há várias estratégias das quais podemos lançar mão para proteger nossas mentes.

Experimente alguma destas sete:
1 - Continue aprendendo: Uma boa educação está ligada a um melhor funcionamento cognitivo na terceira idade. Para especialistas, o processo de aprendizado é um exercício cerebral, que estimula a produção e a comunicação entre os neurônios. Adotar um hobby, aprender uma nova língua, fazer palavras-cruzadas, sudoku ou quebra-cabeças, cuidar do jardim ou ouvir música ajudam a estimular o cérebro.

2 - Use todos os sentidos: Quanto mais sentidos você usar ao aprender algo novo, mais fácil será lembrar daquela informação depois. Associar cheiros a informações, afirmam os médicos, ajuda o cérebro a fixar o que aprendeu. Tente descobrir os ingredientes do próximo prato que comer, invista em aulas de arte como cerâmica, percebendo cheiros e texturas dos materiais usados.

3 - Acredite em você: mitos sobre o envelhecimento acabam contribuindo para falhas na memória. Pessoas de meia-idade e idosas se saem piores nos testes de memória quando estão submetidas a estereótipos negativos e melhores quando recebem mensagens positivas sobre conservação da memória. As pessoas que acreditam que não têm suas memórias sob controle têm menos capacidade de trabalhá-la e treiná-la, contribuindo para seu declínio.

4 - Economize o uso do seu cérebro: se você não precisar se lembrar de onde deixou as chaves de casa no dia do aniversário de sua filha, você vai poder se concentrar em aprender coisas novas e guardar o que é realmente relevante. Use e abuse de calendários, agendas, mapas, listas e cadernos de telefone e endereços para deixar as informações do dia a dia bem acessíveis. Tenha um lugar certo na casa para guardar óculos, bolsa, chaves e outros itens de muito uso.

5 - Repita aquilo que quer saber bem; quando você quiser se lembrar de uma coisa que acabou de ouvir, de ler ou pensar repita em voz alta ou anote. Esta é uma maneira de conectar sua memória. Por exemplo, se acabou de aprender o nome de alguém, chame-o pelo nome enquanto estiver conversando com ele. Se deixou algum objeto pessoal num local diferente, repita em voz alta onde ele está.

6 - Dê intervalos: a repetição é uma potente arma, mas deve ser usada corretamente. Por exemplo, é melhor não repetir várias vezes a mesma coisa num período curto como se estivesse decorando uma informação para uma prova. Ter intervalos entre os estudos é especialmente valioso com informações mais complicadas.

7 - Crie um código: este é um método criativo e potente para se lembrar de listas. Por exemplo, precisa ir ao supermercado e comprar itens como arroz, feijão, inhame e manteiga? Crie a palavra AFIM para se lembrar dos itens.


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