sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Polícia investiga queda de jovem do 10º andar

Um caso semelhante ao da menina Isabella Nardoni, 5 , que foi arremessada da janela do 6º andar do prédio onde morava com o pai e a madrasta, no dia 29 de março de 2008, em São Paulo (SP), aconteceu na madrugada de ontem em Goiânia. A polícia ainda não sabe se Juliana Brandão Lourinho, 19, se atirou, ou se foi jogada pela janela do 10º andar de um condomínio de luxo, no setor nobre da cidade. Indícios de homicídio como sinais de arrombamento em uma das portas do apartamento e a frieza do estudante de fisioterapia Renato Oliveira de Souza, 27 anos, marido de Juliana que estava com ela no momento do fato, levaram a polícia a prendê-lo em flagrante.A queda misteriosa da jovem aconteceu que por volta de 1 hora e alterou a rotina dos condôminos. “Primeiro, o barulho, estrondoso, por sinal. Depois, o tremor que abalou a estrutura, em seguida, os gemidos, e por fim, a agonização: ‘ai, ai’”, detalha o síndico do prédio, João Carlos Teixeira Bastos, provavelmente, o primeiro a ver Juliana caída de bruços na laje da garagem do prédio. De acordo com a polícia, o casal se conhecia há cinco meses e há três estavam casados. “Os dois eram usuários de droga. Renato disse que antes do crime tinha consumido uma boa quantidade de crack”, contou a delegada Mirian Borges, delegada titular da Delegacia da Mulher de Goiânia (Deam).
Em depoimento, o síndico do prédio contou que a moradora do apartamento 802, piso inferior ao do casal, teria reclamado de brigas no apartamento na noite do crime. Ela teria ouvido rumores de discussão e informou o síndico, o qual afirmou não ter ido até o apartamento para solicitar silêncio. “A reclamação foi por volta da meia-noite”, disse João. Os demais vizinhos disseram não ter ouvido nada, apenas um barulho parecido com uma explosão muito forte. “Eu tenho o sono muito pesado, mas acordei com o estouro. Foi um barulho muito estranho, o prédio tremeu inteiro”, disse uma moradora que não quis se identificar.
A grade de proteção da janela por onde Juliana caiu teria sido cortada com uma tesoura. Noemia Marinho de Oliveira, 52 anos, mãe do suspeito, disse em depoimento que acordou com o barulho, e que foi até a cobertura, onde o casal morava, mas a porta estava fechada. Ela teria chamado pelo casal, mas ninguém respondeu. Posteriormente, ouviu gemidos e desceu até a garagem, onde vizinhos já diziam que havia uma jovem na marquize. Ao voltar para o apartamento, Dona Noemia encontrou a tesoura e um caixote próximo à janela.
Renato, por sua vez, se reservou ao direito de falar apenas em juízo após prestar depoimentos contraditórios à imprensa e à polícia. Primeiro ele disse que teria saído para comprar drogas. Depois que estava sentado na escada fumando crack. As declarações do marido e os indícios encontrados pela perícia no local de crime levaram a polícia outra vez ao prédio na tarde de ontem. A delegada Miriam Borges visitou moradores do prédio.
Familiares de Renato disseram, em depoimento, que Juliana sofria transtorno bipolar e pode ter tido alucinações decorrentes do uso do entorpecente. “A mãe não acredita que o filho tenha atirado a mulher pela janela”, diz a delegada.
Dona Noemia afirmou ainda que o filho é usuário de drogas desde os 13 anos, e já teria sido internado em clínicas de recuperação por oito vezes. Segundo ela, a nora era muito ciumenta e que naquela noite o filho teria levado uma amiga do casal (ainda não identificada) ao apartamento. A versão da mãe foi confirmada pelo porteiro Leandro de Oliveira, 26 anos. “Por volta de 21 horas o Renato chegou ao prédio com uma moça magra, de aproximadamente 1,5 metros, cabelos pretos, longos e lisos”, contou em depoimento. Ainda de acordo com o porteiro, a garota teria saído sozinha do prédio uma hora depois. O casal vivia no segundo piso de uma cobertura duplex com os pais de Renato.

Patrícia Santana
Jornal Hoje Goiânia

7 comentários:

  1. GOSTARIA DE SABER QUEM É A MOÇA QUE ENTROU NO APARTAMENTO POUCOS MINUTOS ANTES DO CRIME.
    SERÁ QUE ESSA INFELIZ NÃO TEM ALGUMA CULPA NO CARTÓRIO? POR FAVOR INVESTIGUEM ISSO!!!

    ResponderExcluir
  2. JULIANA NÃO TINHA TRANSTORNO BIPOLAR. ELA FOI INTERNADA UMA VEZ NUMA CASA DE RECUPERAÇÃO EVANGÉLICA DE ONDE LOGO FOI TRANSFERIDA PARA A FAZENDA BOM JESUS, POIS NÓS SOMOS CATÓLICOS , ONDE FOI SUBMETIDA A VÁRIOS EXAMES. SOU TIA DELA E VCS PODEM VERIFICAR NESSAS CASA DE RECUPERAÇÃO EM BRASÍLIA, ONDE ELA FICOU DO DIA 13 DE OUTUBRO DE 2008 A 25 DE MARÇO DE 2009. ELA ESTAVA HÁ UM ANO E ALGUNS DIAS LIMPA E SÓ RECAIU PORQUE O RENATO MARIDO DELA RECAIU PRIMEIRO E LEVOU DROGA PRA DENTRO DE CASA. AFINAL UM ADICTO NÃO PODE CONVIVER COM UM RECAÍDO, ESSA FOI A CAUSA DELA TER RECAÍDO. A JULIANA NÃO QUERIA UMA VIDA DESSAS DE DROGA PRA ELA!!!!

    ResponderExcluir
  3. JUSTIÇA PARA JULIANA!!!

    ResponderExcluir
  4. ELA ERA UMA MENINA MUITO DÓCIL E TODOS DO "NA" SABIAM QUE ELA TAVA FORA DAS DROGAS...MAS INFELIZMENTE SE APAIXONOU...SE CASOU...E O MARIDO FOI MUITO FRACO, RECAÍU!!!
    E ASSIM A LEVOU JUNTO COM ELE...É UMA PENA!

    ResponderExcluir
  5. ELA NÃO SERIA CAPAZ DE SE JOGAR POIS AMAVA A VIDA! E APESAR DAS DIFICULDADES QUE PASSOU NUNCA PENSOU EM TIRAR SUA PRÓPRIA VIDA!
    FOI O MARIDO QUE FEZ ESSA MALDADE COM ELA!
    UM ATO DE COVARDIA E DE FALTA DE SENSIBILIDADE...TEM QUE VIVER ETERNAMENTE NUMA CLÍNICA! POIS PELO QUE SABEMOS JÁ ESTEVE INTERNADO POR OITO VEZES, AGORA É A NONA NÉ? ELE TEM QUE PAGAR PELO QUE FEZ!!!

    ResponderExcluir
  6. Cara anônima(o), vamos torcer para a verdade aparecer e que justiça seja feita.
    Obrigada por seu comentário
    Maria Célia e Carmen

    ResponderExcluir
  7. O grande mal é a conclusão de que o dependente não pode ser responsabilizado pelo crime. Se isso pegar, multiplicar-se-ão os crimes cometido sob a proteção das drogas. Se o dependente não tiver nenhuma punição pelos atos praticados sob o poder das drogas, que ele escolheu voluntariamente para usar, muitos outros serão encorajados a utilizar as mesmas substâncias e cometer atos ilícitos ou criminosos. É um grande perigo essa idéia de não responsabilizar os drogados. Se todos sabem, mormente eles próprios, que as pessoas perdem o controle dos próprios atos sob o efeito das drogas, quem as usa deve ser responsabilizado por prática dolosa. O crime doloso se configura “quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo” (CPB, art. 18, I). Sendo dado esse tratamento, as pessoas medirão as conseqüências quando pensarem em usar os entorpecentes. Caso contrário, será um incentivo ao crime sob o manto da inconsciência dos dependentes.

    UN:D [1.7.7_1013]

    ResponderExcluir

Verbratec© Desktop.