terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Turista alemã morta em Recife tinha relacionamento tumultuado com marido, diz imprensa italiana


SÃO PAULO - O relacionamento entre Jennifer Marion Nadja, de 22 anos, alemã morta com quatro tiros em Recife na última quarta-feira de Cinzas, e o marido, o empresário pernambucano Pablo Tonelli, de 21 anos, que tinha nacionalidade italiana, era considerado conturbado, segundo noticiou este fim de semana o jornal italiano "Il Resto Del Carlino". De acordo com o periódico, há cerca de um ano a polícia de Coriano, onde o casal vivia com o filho pequeno, recebeu uma denúncia de agressão por parte de Pablo, feita por Jennifer e retirada do processo judicial dias depois. Ainda segundo o jornal, que cita amigos da alemã, que também tinha cidadania italiana, Jennifer tinha medo de ficar longe do filho e, por isso, não levou a queixa adiante.
Uma das hipóteses investigadas pela polícia é que o crime pode estar relacionado com uma briga familiar.
Jennifer, que trabalhava como cabeleireira na Itália, estava em um carro com o marido, o filho Ferdinand, de 2 anos, e os sogros - Delma Freire, de 49 anos, e o também empresário Fernando Tonelli, de 44 - quando dois homens em uma moto abordaram o veículo, por volta das 21h da última terça-feira, na capital pernambucana. O crime, de acordo com a família, aconteceu depois de um assalto. Ainda segundo os familiares, o nervosismo de Jennifer teria irritado os bandidos. Eles mandaram os parentes descer do carro e levaram a turista embora. Horas depois, Jennifer foi encontrada morta com quatro tiros. A família está impedida de voltar para a Itália até que a polícia de Pernambuco conclua as investigações.
Neste fim de semana, a sogra de Jennifer foi internada na capital pernambucana após um Acidente Vascular Cerebral (AVC). De acordo com o jornal "Il Resto Del Carlino", Jennifer vivia em Coriano com o marido há 4 anos e a família iria retornar à Itália nesta terça-feira. Depois, ainda de acordo com o periódico, Jennifer visitaria a irmã Felicia e a mãe adotiva, na Alemanha. Os sogros da turista italiana, se não impedidos de deixar o Brasil, deveriam retornar nó último sábado.
Segundo o periódico, o casal havia se separado em junho passado, quando Jennifer deixou Coriano e foi trabalhar numa boutique na cidade de Rimini, onde a alemã morou na casa de uma prima de Pablo, Roberta. Em declaração ao jornal italiano, Roberta disse que a amiga "não merecia morrer como um criminoso da Camorra (a máfia italiana) que "espera que a polícia brasileira descobrir quem cometeu o crime". A prima do empresário pernambucano ainda ressaltou que Jennifer era "uma jovem muito infeliz".

Segundo o jornal "Il Resto Del Carlino", no fim do verão europeu, Jennifer voltou a morar com o filho e com o marido. Ainda de acordo com o periódico, Jennifer - que não cresceu na companhia dos pais - pretendia morar junto com o filho. A turista alemã morta em Recife também seria impedida pelo marido de visitar parentes na Alemanha. Pablo Tonelli só permitiria o encontro da jovem com a família, ainda de acordo com o jornal, após a viagem de férias da alemã com a família para Recife.

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