Quinhentas mil mulheres e meninas ainda morrem no parto, anualmente, assim como mais de três milhões de recém-nascidos, segundo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicado esta terça-feira.
O estudo, feito pela Associação para a Saúde Materna, do Recém-Nascido e das Crianças (PMNCH, na sigla em inglês) foi preparado para um encontro da ONU, na quarta-feira, da qual participarão vários representantes de países e especialistas em saúde materna e infantil.
O objetivo do encontro é definir os esforços necessários para reduzir a mortalidade das mulheres que dão à luz e das crianças pequenas nos países em desenvolvimento até 2015.
Estas duas estão entre as oito Metas do Milênio, estabelecidas pela ONU no ano 2000 e que se concentram em 68 países, a maioria da África, que representam 92% dos óbitos maternos no parto, de recém-nascidos e de crianças pequenas.
Embora avanços consideráveis tenham sido obtidos para se alcançar as Metas do Milênio, os relacionados com a redução da mortalidade materna e infantil estão atrasados e por isso se exige uma reativação dos esforços para que sejam atingidos, avaliam especialistas.
"Este relatório traça um roteiro para ajudar os países a se concentrarem em suas próprias carências e a tomarem as medidas para responder às suas necessidades específicas", explicou Jennifer Bryce, pesquisadora da Universidade Johns Hopkins.
Segundo o Unicef, atualmente 135 países têm uma taxa de mortalidade infantil inferior a 40 por mil nascidos, ou pelo menos a suficiente para satisfazer a redução de três quartos estabelecida pelas Metas do Milênio.
Mas 39 países demonstraram avanços insuficientes, enquanto 18 não avançaram e, pior ainda, retrocederam, acrescentou o Fundo das Nações Unidas para a Infância.
"Trata-se de um problema com múltiplas faces, que pode ser resolvido com uma combinação de intervenções simples", afirmou a doutora Flavia Bustreo, diretora do PMNCH, em entrevista à AFP, estimando também que faltam 16 bilhões de dólares anuais em recursos.
Além da pobreza, o informe apontou várias razões que explicam a persistência de uma mortalidade materna e infantil elevada em alguns países.
Estas mortes se devem a causas quase inexplicáveis no mundo desenvolvido, como infecções, complicações no parto, nascimentos prematuros e ao fato de que muitos recém-nascidos morrem no primeiro mês de vida por falta de cuidados básicos, destacou Bustreo.
Em geral, as mulheres morrem por hemorragias, infecções e obstruções durante o trabalho de parto, bem com devido a abortos mal feitos.
A maioria destas mortes é evitável com programas de cuidados maternos e neonatais, bem como melhor higiene durante o parto e após o nascimento.
Em algumas regiões do mundo, alguns hábitos aumentam os riscos de mortalidade materna e dos recém-nascidos. Segundo algumas tradições da Ásia, o parto é considerado "sujo", o que obriga as mulheres a darem à luz em estábulos, ficando ali por um mês, destacou o estudo.
Alcançar plenamente as Metas do Milênio salvaria a vida de um milhão de mulheres e de 4,5 milhões de recém-nascidos até 2015, segundo o PMNCH.
O estudo, feito pela Associação para a Saúde Materna, do Recém-Nascido e das Crianças (PMNCH, na sigla em inglês) foi preparado para um encontro da ONU, na quarta-feira, da qual participarão vários representantes de países e especialistas em saúde materna e infantil.
O objetivo do encontro é definir os esforços necessários para reduzir a mortalidade das mulheres que dão à luz e das crianças pequenas nos países em desenvolvimento até 2015.
Estas duas estão entre as oito Metas do Milênio, estabelecidas pela ONU no ano 2000 e que se concentram em 68 países, a maioria da África, que representam 92% dos óbitos maternos no parto, de recém-nascidos e de crianças pequenas.
Embora avanços consideráveis tenham sido obtidos para se alcançar as Metas do Milênio, os relacionados com a redução da mortalidade materna e infantil estão atrasados e por isso se exige uma reativação dos esforços para que sejam atingidos, avaliam especialistas.
"Este relatório traça um roteiro para ajudar os países a se concentrarem em suas próprias carências e a tomarem as medidas para responder às suas necessidades específicas", explicou Jennifer Bryce, pesquisadora da Universidade Johns Hopkins.
Segundo o Unicef, atualmente 135 países têm uma taxa de mortalidade infantil inferior a 40 por mil nascidos, ou pelo menos a suficiente para satisfazer a redução de três quartos estabelecida pelas Metas do Milênio.
Mas 39 países demonstraram avanços insuficientes, enquanto 18 não avançaram e, pior ainda, retrocederam, acrescentou o Fundo das Nações Unidas para a Infância.
"Trata-se de um problema com múltiplas faces, que pode ser resolvido com uma combinação de intervenções simples", afirmou a doutora Flavia Bustreo, diretora do PMNCH, em entrevista à AFP, estimando também que faltam 16 bilhões de dólares anuais em recursos.
Além da pobreza, o informe apontou várias razões que explicam a persistência de uma mortalidade materna e infantil elevada em alguns países.
Estas mortes se devem a causas quase inexplicáveis no mundo desenvolvido, como infecções, complicações no parto, nascimentos prematuros e ao fato de que muitos recém-nascidos morrem no primeiro mês de vida por falta de cuidados básicos, destacou Bustreo.
Em geral, as mulheres morrem por hemorragias, infecções e obstruções durante o trabalho de parto, bem com devido a abortos mal feitos.
A maioria destas mortes é evitável com programas de cuidados maternos e neonatais, bem como melhor higiene durante o parto e após o nascimento.
Em algumas regiões do mundo, alguns hábitos aumentam os riscos de mortalidade materna e dos recém-nascidos. Segundo algumas tradições da Ásia, o parto é considerado "sujo", o que obriga as mulheres a darem à luz em estábulos, ficando ali por um mês, destacou o estudo.
Alcançar plenamente as Metas do Milênio salvaria a vida de um milhão de mulheres e de 4,5 milhões de recém-nascidos até 2015, segundo o PMNCH.
AFP
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