Admar de Jesus, pedófilo e assassino confesso de seis jovens de 13 a 19 anos em Luziânia afirma que ouvia "vozes do além"
Brasília - "Não consigo parar de matar, preciso de ajuda para parar com essas coisas", afirmou, há pouco, em entrevista à imprensa na Secretaria de Segurança Pública de Goiás, em Goiânia, o preso Admar de Jesus, pedófilo e assassino confesso de seis jovens de 13 a 19 anos na cidade de Luziânia. Na entrevista, ele disse que mantinha um "contrato" com uma quadrilha de traficantes que atua em rede de pornografia na internet, descreveu a extrema violência com que matou os jovens e pediu perdão às mães pelos crimes.
"Recebo uma voz do além, que me manda fazer essas coisas, acho que é o capeta", afirmou. "Eu peço perdão às mães. Não fiz por querer mal, foi por dinheiro", disse o preso. Ele contou que matou os seis jovens a pauladas e golpes de enxadão e de martelo de pedreiro, quatro deles pelas costas, de surpresa. Dois deles, atacados pela frente, reagiram, mas "não tiveram chance", porque ele, armado, os dominou.
Ao pedir perdão às mães, admitiu que terá que "pagar pelos crimes", mas tentou se justificar alegando que foi "forçado" a cometer os assassinatos: "Me atiçaram, me atentaram." Admar de Jesus disse que vinha sendo chantageado por uma quadrilha de traficantes que lida com pornografia na internet. Afirmou que um dos jovens que matou, ao qual identificou apenas como "Zé", seria intermediário dessa quadrilha. Acrescentou que, por intermédio desse jovem, a quadrilha o havia contratado por R$ 5 mil para prestar aos traficantes "serviços" como cobrar dívidas, matar alguns devedores do tráfico e produzir pornografia infantil.
Segundo policiais, "Zé" seria, de acordo com a descrição feita pelo preso, Flávio Augusto dos Santos, que havia procurado Admar com proposta de cobrar dívidas de drogas de alguns jovens. Na entrevista, Admar disse que manteve relações sexuais com dois dos seis adolescentes, antes de matá-los, e que "Zé" lhe dissera que as imagens pornográficas seriam entregues a um pastor evangélico. Afirmou que todos os seis jovens teriam envolvimento com drogas e que os convencia a concordarem em entrar na mata convidando-os a fumar maconha.
Contou que frequentava uma igreja evangélica em Luziânia e que, imediatamente antes de dois dos crimes, participou de cultos no local. Ao sair, acrescentou, continuava "ouvindo vozes" que o "atiçavam" a matar. Relatou ainda que havia recebido encomenda de mais dois assassinatos de garotos frequentadores de sua casa. Um desses garotos foi detido pela Polícia Federal que, por meio dessa identificação, levantou informações que ajudaram a Polícia Civil a chegar ao matador.
Admar de Jesus disse ainda que, quando era mais novo, foi vítima de abuso sexual e que o pior episódio se deu quando foi assaltado. Nessa ocasião, os assaltantes lhe roubaram tudo, o estupraram e lhe cortaram a língua (ele fala com dificuldade). Afirmou que isso o deixou revoltado e com problemas psicológicos. "Não consigo parar de matar, preciso de ajuda para parar com essas coisas."
Admar disse que, neste sábado, 10, na prisão, em Goiânia, tentou se matar enforcando-se com uma blusa, mas ela se rasgou. A uma pergunta se teme ser morto na prisão, respondeu: "Tenho medo, sim, já fui ameaçado e tenho medo de ser morto."
Estadão
Brasília - "Não consigo parar de matar, preciso de ajuda para parar com essas coisas", afirmou, há pouco, em entrevista à imprensa na Secretaria de Segurança Pública de Goiás, em Goiânia, o preso Admar de Jesus, pedófilo e assassino confesso de seis jovens de 13 a 19 anos na cidade de Luziânia. Na entrevista, ele disse que mantinha um "contrato" com uma quadrilha de traficantes que atua em rede de pornografia na internet, descreveu a extrema violência com que matou os jovens e pediu perdão às mães pelos crimes.
"Recebo uma voz do além, que me manda fazer essas coisas, acho que é o capeta", afirmou. "Eu peço perdão às mães. Não fiz por querer mal, foi por dinheiro", disse o preso. Ele contou que matou os seis jovens a pauladas e golpes de enxadão e de martelo de pedreiro, quatro deles pelas costas, de surpresa. Dois deles, atacados pela frente, reagiram, mas "não tiveram chance", porque ele, armado, os dominou.
Ao pedir perdão às mães, admitiu que terá que "pagar pelos crimes", mas tentou se justificar alegando que foi "forçado" a cometer os assassinatos: "Me atiçaram, me atentaram." Admar de Jesus disse que vinha sendo chantageado por uma quadrilha de traficantes que lida com pornografia na internet. Afirmou que um dos jovens que matou, ao qual identificou apenas como "Zé", seria intermediário dessa quadrilha. Acrescentou que, por intermédio desse jovem, a quadrilha o havia contratado por R$ 5 mil para prestar aos traficantes "serviços" como cobrar dívidas, matar alguns devedores do tráfico e produzir pornografia infantil.
Segundo policiais, "Zé" seria, de acordo com a descrição feita pelo preso, Flávio Augusto dos Santos, que havia procurado Admar com proposta de cobrar dívidas de drogas de alguns jovens. Na entrevista, Admar disse que manteve relações sexuais com dois dos seis adolescentes, antes de matá-los, e que "Zé" lhe dissera que as imagens pornográficas seriam entregues a um pastor evangélico. Afirmou que todos os seis jovens teriam envolvimento com drogas e que os convencia a concordarem em entrar na mata convidando-os a fumar maconha.
Contou que frequentava uma igreja evangélica em Luziânia e que, imediatamente antes de dois dos crimes, participou de cultos no local. Ao sair, acrescentou, continuava "ouvindo vozes" que o "atiçavam" a matar. Relatou ainda que havia recebido encomenda de mais dois assassinatos de garotos frequentadores de sua casa. Um desses garotos foi detido pela Polícia Federal que, por meio dessa identificação, levantou informações que ajudaram a Polícia Civil a chegar ao matador.
Admar de Jesus disse ainda que, quando era mais novo, foi vítima de abuso sexual e que o pior episódio se deu quando foi assaltado. Nessa ocasião, os assaltantes lhe roubaram tudo, o estupraram e lhe cortaram a língua (ele fala com dificuldade). Afirmou que isso o deixou revoltado e com problemas psicológicos. "Não consigo parar de matar, preciso de ajuda para parar com essas coisas."
Admar disse que, neste sábado, 10, na prisão, em Goiânia, tentou se matar enforcando-se com uma blusa, mas ela se rasgou. A uma pergunta se teme ser morto na prisão, respondeu: "Tenho medo, sim, já fui ameaçado e tenho medo de ser morto."
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