domingo, 12 de julho de 2009

Menina de 5 anos morre ao cair do 5º andar de prédio em Tomás Coelho


Pais estavam em festa julina do condomínio e foram presos em flagrante por abandono

Rio - A menina Rita de Cassia Rodrigues de Sena, de 5 anos, morreu na noite de sábado, após cair da janela do 5º andar, numa altura de 25 metros, do prédio onde morava no condomínio Vivenda de Tomás Coelho, no bairro de mesmo nome, na Zona Norte. Ela havia sido deixada sozinha no apartamento pelos pais, Fátima Rodrigues Edivirges de Sena e Gilson Rodrigues de Sena, que foram presos em flagrante por abandono, artigo 133, sujeitos a pena de 6 a 12 anos de reclusão. O caso foi registrado na 25ª DP (Engenho Novo).A menina caiu por volta das 23h30, por uma tela de proteção que estava cortada na janela da área de serviço, e junto ao corpo foram encontrados pertences como sua mochila arrumada com roupas e cadernos, ao lado das colchas, lencóis e o travesseiro de sua cama, brinquedos, uma chupeta e uma tesoura. A perícia realizada durante a madrugada, com o auxílio das câmeras de segurança que registraram a movimentação dos pais e a queda da menina, constatou que a criança estava sozinha em casa e que a tela de proteção já estava danificada há meses, informação confirmada pela irmã da vítima, Camila, adolescente de 14 anos.Rita estava com os pais e a irmã numa festa julina do condomínio, quando sentiu sono e foi levada e abandonada no apartamento pelos pais, que voltaram à festa. Pouco tempo depois, a menina acordou, arrumou as roupas na mochila como se fosse sair de casa, subiu num banco que colocou embaixo da janela, arremessou seus pertences e teria caído acidentalmente, ao se debruçar.A criança foi levada para o Hospital Salgado Filho, no Méier, onde já chegou sem vida. Seus pais passaram mal no hospital, a mãe teve que ser medicada, em estado de choque, e ambos foram detidos e encaminhados à delegacia na manhã de domingo.Segundo o delegado Marco Aurélio de Castro, da 25ª DP, os pais entraram no apartamento apenas um minuto após a queda de Rita, quando deram por falta da menina.“Há indícios contundentes de que a criança estava sozinha em casa, não havia movimentação violenta no apartamento, sangue ou marcas de briga, é um caso bem diferente daquele de São Paulo”, disse o delegado, referindo-se ao assassinato da menina Isabella Nardoni, que chocou o País no ano passado. “Houve um crime de abandono, resultando em morte”, concluiu Marco Aurélio.Segundo a tia de Rita, Maria Luisa Edivirges, a menina era muito ativa, e não costumava ficar sozinha em casa. Todas as janelas do apartamento tinham rede de proteção instalada, e apenas a da área estava defeituosa.
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