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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Exame mostra que sangue no IC é compatível com material dos Nardoni
Casal cedeu saliva e cabelo para confronto de DNA a pedido da Justiça.
Defesa contestava versão de que sangue no IC era de Alexandre e Jatobá.
Exame de DNA realizado pelo Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Técnico Científica de São Paulo revelou nesta quarta-feira (9) que o material genético retirado do casal Nardoni, a pedido da Justiça, é compatível com o sangue que a Polícia Civil afirma ter colhido dos acusados de assassinar Isabella em 2008 e que está guardado no instituto desde então.
A menina morreu após ter sido atirada da janela do sexto andar de um apartamento na Zona Norte da capital.
O resultado não agradou a defesa de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta da menina morta, respectivamente. O advogado Roberto Podval havia pedido e a Justiça autorizou o teste para saber se o sangue guardado no IC era mesmo dos supostos assassinos. Segundo ele, o casal negava a informação da investigação de que havia cedido sangue aos peritos durante uma passagem pelo IC.
“A defesa fez o pedido acreditando nos réus e acabou dando tudo errado para eles porque os réus mentiram”, disse o promotor Francisco Cembranelli por telefone ao G1. Ele foi o responsável por denunciar o casal à Justiça. Alexandre e Anna Carolina estão presos em Tremembé, a 147 km da capital, e negam que tenham matado Isabella Nardoni, então com 5 anos. Eles alegaram à época que um desconhecido entrou no quarto da menina e a matou.
Questionamento
Procurado pela reportagem, Podval contestou o resultado do exame de DNA apresentado nesta quarta pelo IC. Disse que vai solicitar à Justiça nesta quinta-feira (10) que o sangue que está guardado no instituto seja examinado novamente, mas agora por um laboratório particular ou independente do IC.
“O resultado do exame me foi entregue como compatível, mas questiono como ele foi feito, pelas mesmas pessoas e pelo mesmo instituto [IC] que afirmou ter colhido o sangue que o casal nega ter cedido. Por isso, vou pedir que esse sangue que dizem ser do casal passe por um exame num laboratório independente”, disse Podval. “Quem garante que esse exame de material genético foi feito de fato. Para mim, esse exame de DNA do IC não foi esclarecedor.”
A pedido da defesa dos Nardoni, o juiz Maurício Fossen havia autorizado a coleta da saliva e fio de cabelo dos acusados para análise no IC. O material foi retirado do casal em Tremembé no dia 6 de novembro. Agora, o resultado do exame de DNA conhecido nesta quarta irá à Justiça para ser juntado aos autos do processo contra o casal.
Em princípio, saber se o sangue no IC é mesmo do casal não vai modificar a acusação sobre os Nardoni terem matado Isabella. Isso porque os indícios apontados pelo Ministério Público para culpar o casal são outros (nenhuma terceira pessoa foi encontrada no apartamento; o tempo que os Nardoni alegam que ficaram fora do quarto não seria compatível para um criminoso matar Isabella e fugir; testemunhas afirmam que só os dois haviam estado com a menina no momento do crime).
A discussão sobre o sangue pode, no entanto, protelar a data do julgamento dos réus. O dia em que eles irão a júri popular deve ser anunciado ainda nesta semana. Para o promotor, Alexandre e Anna Carolina devem ser julgados no primeiro semestre de 2010.
G1
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