sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Médico Vanderson Bullamah é condenado a 18 anos por morte de estudante após lipoaspiração em SP


SÃO PAULO - O médico Vanderson Bullamah foi condenado a 18 anos de prisão, em regime fechado, nesta madrugada pela morte da estudante Helen Buratti, 18 anos, em julho de 2002. O julgamento, que durou 15 horas, ocorreu no Fórum de Ribeirão Preto.
A jovem morreu após se submeter a uma lipoaspiração no abdome feita pelo médico. A estudante passou mal ainda na clínica de Bullamah. A família afirma que na lipoaspiração teria sido retirada gordura superior aos 5% relativos à gordura corporal permitidos.
O médico, que foi indiciado por homicídio doloso, quando há intenção de matar, foi acusado de outras duas mortes em cirurgias de lipoaspiração. O registro dele foi cassado.
Em 1996, a bancária Vera Lúcia Caressato fez uma lipoaspiração no abdome e morreu horas depois na cidade de Serrana. O Ministério Público de Serrana indiciou Bullamah por homicídio culposo, sem intenção de matar. Na época, ele foi beneficiado pelo artigo 89 da lei 9099/95. A lei prevê a suspensão do processo em crimes em que a pena seja igual ou inferior a um ano, desde que o acusado não esteja sendo processado por outros delitos. O processo de Vera foi suspenso e arquivado.
Bullamah foi acusado ainda pela morte de Maria Inês Guerino, 39 anos, também após lipoaspiração.
A defesa de Bullamah informou que vai recorrer. Ele foi acusado de homicídio com dolo eventual, porque, segundo o Ministério Público, ele sabia dos riscos quando fez a lipoaspiração na estudante. O laudo do IML (Instituto Médico Legal) apontou uma grande perda de sangue.


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