domingo, 6 de dezembro de 2009

Prêmios e homenagens

Tostão
tostao@jb.com.br

Na semana passada, ao chegar de férias, soube, sem ainda saber detalhes, que o governo federal vai premiar, com um pouco mais de R$ 400 mil, cada um dos campeões do mundo, pelo Brasil, em todas as Copas.
Não há razão para isso. Podem tirar meu nome da lista, mesmo sabendo que preciso trabalhar durante anos para ganhar essa quantia.
O governo não pode distribuir dinheiro público. Se fosse assim, os campeões de outros esportes teriam o mesmo direito. E os atletas que não foram campeões do mundo, mas que lutaram da mesma forma? Além disso, todos os campeões foram premiados pelos títulos. Após a Copa de 1970, recebemos um bom dinheiro, de acordo com os valores de referência da época.
O que precisa ser feito pelo governo, CBF e clubes por onde atuaram esses atletas é ajudar os que passam por grandes dificuldades, além de criar e aprimorar leis de proteção aos jogadores e suas famílias, como pensões e aposentadorias.
É necessário ainda preparar os atletas em atividade para o futuro, para terem condições técnicas e emocionais de exercer outras atividades.
A vida é curta, e a dos atletas, mais ainda.
Alguns vão lembrar e criticar que recebi, junto com os campeões de 1970, um carro Fusca da prefeitura de São Paulo. Na época, o prefeito era Paulo Maluf. Se tivesse a consciência que tenho hoje, não aceitaria.
Tinha 23 anos, estava eufórico e achava que era uma grande homenagem.
Ainda bem que a justiça obrigou o prefeito a devolver aos cofres públicos, com o próprio dinheiro, o valor para a compra dos carros.
Não foi o único erro que cometi na vida. Sou apenas um cidadão que tenta ser justo e correto. É minha obrigação.

Últimas escolhas
Por causa da altíssima altitude, da classificação já garantida para a Copa e dos desfalques, não dá para avaliar a Seleção e os jogadores. Dunga procura as melhores opções para as reservas de Kaká, Robinho e Luis Fabiano. Adriano é praticamente certo. Se brilhar, Diego Souza pode se tornar a melhor opção para a reserva de Kaká e até de Robinho.
Nilmar tem também boas chances.
Falta à Seleção um armador pela esquerda, que marque, ataque e que faça dupla com André Santos, como ocorre pela direita. Se Maicon atuasse na lateral esquerda, não seria o mesmo jogador. Hoje, Ramires deve jogar pela esquerda. Meu meio-campo preferido seria formado por um armador mais recuado pelo meio (Felipe Melo), Daniel Alves pela direita e Zé Roberto pela esquerda.
Para ninguém pensar que fiquei louco, não é o Zé Roberto do Flamengo, e sim o Zé Roberto que continua brilhando na Alemanha.
Sei que isso é quase impossível. Não sei também se Zé Roberto aceitaria.
Só acho que daria mais talento ao setor.
Mudando de assunto, voltei a morar na cidade e tive de mudar de operadora de TV. Posso ver dezenas de programas inúteis e não tenho a TV Cultura de São Paulo.
Com isso, não posso assistir ao Cartão Verde nem escutar Xico Sá e Sócrates. Eu, que não deixo de ler Xico Sá, na Folha, e Sócrates, na revista Carta Capital.
Domingo, 11 de Outubro de 2009


JB Online

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