quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Pai de calouro agredido diz que filho só volta à ESPM se agressor for expulso


Universitário de 18 anos passa nesta quarta (3) por cirurgia no nariz em SP.
Agressor será indiciado por lesão corporal e pode ser expulso da faculdade.

O pai do calouro agredido na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), em São Paulo, durante o primeiro dia de aula afirmou ao G1 que seu filho só deve voltar à faculdade caso o agressor seja identificado e expulso. O rapaz, de 18 anos, está internado no hospital Israelita Albert Einstein e, nesta quarta-feira (3), será operado para corrigir uma fratura no nariz.
“Não tenho coragem de deixar meu filho em um lugar em que ele pode ser agredido novamente”, disse o pai do calouro, que ainda não sabe se pretende acionar a faculdade judicialmente. “Em primeiro lugar estou preocupado com a saúde do meu filho.”
Na segunda-feira (1), o calouro participava das atividades realizadas na rua durante o primeiro dia de aula quando foi agredido pelas costas. Após ser derrubado. No chão, o universitário levou chutes na cabeça.
Logo depois da agressão, o estudante foi atendido na enfermaria da faculdade e, em seguida, foi levado para o hospital com hematomas e dois ossos quebrados no rosto. De acordo com assessoria de comunicação da ESPM, o agressor ainda não foi identificado.
No entanto, a faculdade descarta qualquer relação com trotes violentos. De acordo com a assessoria, o agressor é outro calouro, que se irritou com uma brincadeira. O agressor foi gravado por uma equipe de filmagens da faculdade.
Um policial amigo da família que acompanhava o pai do rapaz na noite de terça-feira, e que prefere não se identificar, afirma que a família não sabia o que fazer quando recebeu a informação. “Eles estavam extremamente chocados e então me procuraram”, disse.
O caso foi encaminhado para a 36º Distrito Policial, na Vila Mariana, na Zona Sul. O agressor ainda não identificado deverá ser indiciado por lesões corporais graves e pode ser expulso da faculdade.
Em outro caso de violência, dessa vez em Fernandópolis, no interior de São Paulo, a polícia ainda investiga quem são os alunos da Unicastelo que participaram do trote violento contra um calouro do curso de veterinária.
Na terça-feira (2), o Ministério Público Federal enviou um ofício à universidade cobrando a apuração do caso. Em 2009, o órgão já havia cobrado das faculdades maior rigor em casos de trote de violento.

O rapaz teve a calça rasgada e teve de beber álcool combustível. Recebeu ainda tapas na cara

Em depoimento, a mãe dele conta que passaram veneno contra carrapato no corpo do filho, que foi obrigado a pedir esmola nas ruas. Amigos viram que ele não estava bem e avisaram a família. O rapaz foi levado ao hospital e recebeu soro e glicose.
Segundo a polícia, duas jovens também denunciaram ter sido vítimas da violência praticada pelos veteranos.
Os responsáveis pelas agressões vão respoder pelos crimes de constrangimento ilegal e lesões corporais.


G1

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