Grafismos puros
Os desenhos, que podem ter 9 mil anos, não seguem formas que representem seres humanos ou animais
Os desenhos, que podem ter 9 mil anos, não seguem formas que representem seres humanos ou animais
Fragmentos cerâmicos e gravuras rupestres que podem ter até 9 mil anos foram encontrados num canteiro do canal de transposição do rio São Francisco, em Custódia (PE)
Junto com os trabalhadores que escavavam a terra na região da caatinga conhecida como Laje das Onças, em Pernambuco, um grupo de arqueólogos encontrou seis locais que abrigam gravuras talhadas em pedras. O sítio arqueológico foi o primeiro a ser descoberto no eixo leste da obra de transposição das águas do rio São Francisco – o polêmico projeto de irrigação que deverá mitigar os efeitos das secas no sertão nordestino. Os desenhos são classificados pelos arqueólogos como “grafismos puros”, ou seja, sem semelhanças com formas humanas ou de animais.
Desde que o sítio foi localizado, em outubro do ano passado, tem recebido atenção especial do Ministério da Integração Nacional, que financia o trabalho dos pesquisadores dentro do Programa de Identificação e Salvamento de Bens Arqueológicos. O programa foi criado para compensar os impactos ambientais das obras de transposição. Os investimentos em pesquisas arqueológicas na região já somam R$ 8 milhões.
Segundo especialistas, a região é conectada ao Vale dos Dinossauros, na Paraíba, onde há inúmeras trilhas de pegadas de animais pré-históricos. A descoberta de novos sítios cria a oportunidade de tornar conhecida uma rota de paleontologia no Brasil. “O trabalho arqueológico propicia a valorização do patrimônio nacional”, diz Mauro Alexandre Farias Fontes, da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf).
Os trabalhos de pesquisa ocorrem em três etapas. Num primeiro momento, uma equipe faz uma varredura no local em busca de vestígios e entrega um relatório para as empreiteiras responsáveis pela transposição. Logo depois, ocorre o salvamento dos objetos localizados. Em Custódia, essa etapa ocorreu entre outubro e novembro do ano passado. Segundo ele, em nenhum momento as obras de transposição foram afetadas. "Um trabalho de conscientização sobre a importância do patrimônio histórico do país é feito entre operários e empreiteiros”, diz Fontes.
Como as gravuras rupestres não estão dentro da faixa de influência direta da obra de transposição, os pesquisadores tentarão entender qual a relação arqueológica entre esses grafismos e os materiais líticos e cerâmicos, achados na faixa do canal que está sendo construído. Lítico é o nome usado para descrever um tipo de rocha usado como ferramenta por nossos ancestrais. “Agora estamos na terceira etapa do projeto, em que as descobertas serão estudadas”, afirma Fontes.
Junto com os trabalhadores que escavavam a terra na região da caatinga conhecida como Laje das Onças, em Pernambuco, um grupo de arqueólogos encontrou seis locais que abrigam gravuras talhadas em pedras. O sítio arqueológico foi o primeiro a ser descoberto no eixo leste da obra de transposição das águas do rio São Francisco – o polêmico projeto de irrigação que deverá mitigar os efeitos das secas no sertão nordestino. Os desenhos são classificados pelos arqueólogos como “grafismos puros”, ou seja, sem semelhanças com formas humanas ou de animais.
Desde que o sítio foi localizado, em outubro do ano passado, tem recebido atenção especial do Ministério da Integração Nacional, que financia o trabalho dos pesquisadores dentro do Programa de Identificação e Salvamento de Bens Arqueológicos. O programa foi criado para compensar os impactos ambientais das obras de transposição. Os investimentos em pesquisas arqueológicas na região já somam R$ 8 milhões.
Segundo especialistas, a região é conectada ao Vale dos Dinossauros, na Paraíba, onde há inúmeras trilhas de pegadas de animais pré-históricos. A descoberta de novos sítios cria a oportunidade de tornar conhecida uma rota de paleontologia no Brasil. “O trabalho arqueológico propicia a valorização do patrimônio nacional”, diz Mauro Alexandre Farias Fontes, da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf).
Os trabalhos de pesquisa ocorrem em três etapas. Num primeiro momento, uma equipe faz uma varredura no local em busca de vestígios e entrega um relatório para as empreiteiras responsáveis pela transposição. Logo depois, ocorre o salvamento dos objetos localizados. Em Custódia, essa etapa ocorreu entre outubro e novembro do ano passado. Segundo ele, em nenhum momento as obras de transposição foram afetadas. "Um trabalho de conscientização sobre a importância do patrimônio histórico do país é feito entre operários e empreiteiros”, diz Fontes.
Como as gravuras rupestres não estão dentro da faixa de influência direta da obra de transposição, os pesquisadores tentarão entender qual a relação arqueológica entre esses grafismos e os materiais líticos e cerâmicos, achados na faixa do canal que está sendo construído. Lítico é o nome usado para descrever um tipo de rocha usado como ferramenta por nossos ancestrais. “Agora estamos na terceira etapa do projeto, em que as descobertas serão estudadas”, afirma Fontes.
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