A corte de apelações do Tribunal Penal Internacional, com sede na cidade holandesa de Haia, reverteu nesta quarta-feira um parecer anterior do tribunal que afirmava não haver provas suficientes para indiciar o presidente do Sudão, Omar Al-Bashir, por genocídio.
Bashir é acusado de estar por trás de mortes na região de Darfur, no oeste do país, que desde 2003 é palco de um conflito envolvendo milícias pró-governo e grupos rebeldes que já matou cerca de 300 mil, segundo as Nações Unidas.
Em março do ano passado, o Tribunal emitiu um mandado de prisão contra Bashir por sete acusações de crimes de guerra e contra a humanidade – que incluem assassinato, extermínio, tortura e estupro -, mas rejeitou as três denúncias de genocídio apresentadas pela acusação.
A promotoria diz que Bashir tentou exterminar três grupos étnicos – as comunidades Fur, Masalit e Zaghawa - durante o conflito em Darfur e afirma ter encontrado novas provas durante suas investigações.
A Corte de Apelações pediu ao Tribunal que reconsidere a acusação de genocídio. Por isso, o tribunal terá que decidir novamente se acrescenta essas acusações contra Bashir e, se for o caso, emitir um novo mandado de prisão.
Apelação
Um alto membro do governo sudanês disse que a decisão, meses antes das eleições no país em abril, teve motivação política, mas os rebeldes de Darfur comemoraram o anúncio.
Se o tribunal decidir indiciá-lo, será a primeira vez que um governante em exercício será acusado formalmente de genocídio.
O promotor-chefe do Tribunal, Luis Moreno Ocampo, pediu o indiciamento de Bashir em julho de 2008.
Na ocasião, ele afirmou ter provas contundentes e mais de 30 testemunhas dispostas a depor contra o líder sudanês.
O tribunal em Haia – a primeira corte permanente para julgar crimes de guerra – não conta com força policial e depende da cooperação dos Estados para prender suspeitos, mas Bashir tem o apoio de vários líderes, principalmente de países africanos e do Oriente Médio, e vem evitando a prisão.
Desde que foi emitido o mandado de prisão, Bashir já visitou o Catar, a Etiópia e o Zimbábue, entre outros países.
O conflito de Darfur começou quando grupos rebeldes atacaram alvos do governo na região, argumentando que o governo dava tratamento preferencial aos árabes em detrimento de outros grupos étnicos na região.
O governo de Bashir é acusado de ter apoiado as milícias árabes, que já mataram milhares de moradores de Darfur.
O líder sudanês afirma sua inocência, alegando não ter controle sobre as ações das milícias.
Bashir é acusado de estar por trás de mortes na região de Darfur, no oeste do país, que desde 2003 é palco de um conflito envolvendo milícias pró-governo e grupos rebeldes que já matou cerca de 300 mil, segundo as Nações Unidas.
Em março do ano passado, o Tribunal emitiu um mandado de prisão contra Bashir por sete acusações de crimes de guerra e contra a humanidade – que incluem assassinato, extermínio, tortura e estupro -, mas rejeitou as três denúncias de genocídio apresentadas pela acusação.
A promotoria diz que Bashir tentou exterminar três grupos étnicos – as comunidades Fur, Masalit e Zaghawa - durante o conflito em Darfur e afirma ter encontrado novas provas durante suas investigações.
A Corte de Apelações pediu ao Tribunal que reconsidere a acusação de genocídio. Por isso, o tribunal terá que decidir novamente se acrescenta essas acusações contra Bashir e, se for o caso, emitir um novo mandado de prisão.
Apelação
Um alto membro do governo sudanês disse que a decisão, meses antes das eleições no país em abril, teve motivação política, mas os rebeldes de Darfur comemoraram o anúncio.
Se o tribunal decidir indiciá-lo, será a primeira vez que um governante em exercício será acusado formalmente de genocídio.
O promotor-chefe do Tribunal, Luis Moreno Ocampo, pediu o indiciamento de Bashir em julho de 2008.
Na ocasião, ele afirmou ter provas contundentes e mais de 30 testemunhas dispostas a depor contra o líder sudanês.
O tribunal em Haia – a primeira corte permanente para julgar crimes de guerra – não conta com força policial e depende da cooperação dos Estados para prender suspeitos, mas Bashir tem o apoio de vários líderes, principalmente de países africanos e do Oriente Médio, e vem evitando a prisão.
Desde que foi emitido o mandado de prisão, Bashir já visitou o Catar, a Etiópia e o Zimbábue, entre outros países.
O conflito de Darfur começou quando grupos rebeldes atacaram alvos do governo na região, argumentando que o governo dava tratamento preferencial aos árabes em detrimento de outros grupos étnicos na região.
O governo de Bashir é acusado de ter apoiado as milícias árabes, que já mataram milhares de moradores de Darfur.
O líder sudanês afirma sua inocência, alegando não ter controle sobre as ações das milícias.
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